Uma pesquisa recente feita pelo Cancer Research UK, envolvendo 9.000 crianças com idade de 11 a 17 anos, na Inglaterra, concluiu que a idade média que começam a usar raios UVA* é de 14 anos.
Acontece que o uso deste tipo de bronzeamento artificial, antes dos 35 anos, está associado com um aumento de 75% de desenvolvimento de melanoma maligno.
Quase 25%, a maioria meninas e crianças mais velhas, usaram os raios UVA em casa. O restante em salões de beleza, academias de ginástica ou centros de lazer. Apenas 11,4% das crianças foram supervisionadas e avisadas dos possíveis danos, conforme publicado no Jornal Britânico de Medicina (BMJ)
Esta taxa de utilização dos raios UVA significa que cerca de 250.000 crianças e jovens ingleses entre 11 e 17 anos, estão sujeitos a sofrer com um dos mais perigosos tipos de câncer de pele, o melanoma maligno.
O médico dermatologista brasileiro Dr. Roberto Barbosa Lima disse que ao atingir nossa pele a radiação Ultravioleta (UV) penetra profundamente e desencadeia reações imediatas, como as queimaduras solares, as fotoalergias (alergias desencadeadas pela luz solar) e o bronzeamento.
O médico acrescenta também que algumas reações tardias, devido ao efeito acumulativo da radiação, são o envelhecimento cutâneo e as alterações celulares que, através de mutações genéticas, predispõem ao câncer de pele.
Portanto, todo cuidado é pouco com o bronzeamento artificial e a exposição a raios ultravioletas em horários inadequados.
* Quando a radiação UV atinge a Terra divide-se em radiação UVA e UVB.