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Vacinação contra rubéola e pólio começa nacionalmente neste sábado

Rubéola. Imagem: Wikipédia

“Vacinação agora é programa família”. Este é o slogan adotado pelo Ministério da Saúde para a campanha nacional de vacinação, que será iniciada neste sábado (9), com o objetivo de imunizar crianças menores de cinco anos, contra a poliomielite, e homens e mulheres entre os 20 e os 39 anos, contra a rubéola.

Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) está ultimando os preparativos para a campanha, realizada em parceria com as secretarias municipais da Saúde e tendo o apoio de diversas entidades de classe, órgãos públicos e ONGs.

A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador antecipou os trabalhos, e disponibilizando, a partir do dia (4), as vacinas, que devem ser aplicadas de forma indiscriminada em toda a população alvo. Além disso, estão sendo também aplicadas as demais vacinas do calendário básico de vacinação, a fim de iniciar ou completar o calendário vacinal das crianças menores de cinco anos.

Rubéola

Com a finalidade de interromper a transmissão endêmica do vírus da rubéola no Brasil e alcançar o objetivo maior, que é a eliminação da doença e da Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) até 2010, o Ministério da Saúde, juntamente com as secretarias estaduais e municipais da Saúde, pretende vacinar cerca de 15 milhões até o dia 30 de setembro. Na Bahia, a meta da Sesab é imunizar em torno de 4,4 milhões de pessoas na faixa entre 20 e 39 anos, aplicando a vacina dupla viral, contra rubéola e sarampo.

De acordo com coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Fátima Guirra, o alvo principal da campanha é a população do sexo masculino, que tradicionalmente não é trabalhada nas campanhas de vacinação.

A sanitarista Adriana Dourado, responsável pela vigilância epidemiológica do sarampo e da rubéola na diretoria de Vigilância Epidemiológica da Sesab, lembra o surto de rubéola ocorrido no ano passado, com o registro de 209 casos da doença, e revela que à semelhança do surto de sarampo, os homens foram os mais atingidos, concentrando cerca de 80% dos casos.

Ela observa que a circulação do vírus no estado permanece e chama atenção para a necessidade de os homens serem vacinados para evitar que transmitam o vírus para as mulheres em idade fértil.

Pólio

Também neste sábado, a Sesab dará início à segunda etapa da campanha contra a poliomielite, com a meta de vacinar cerca de 1,3 milhão de crianças menores de cinco anos em todo o estado. A campanha, que prosseguirá até o dia 16 de agosto, tem como principal objetivo manter a erradicação da doença no Brasil. Fátima Guirra adverte que ainda há risco de reintrodução do poliovírus selvagem no país, devido à importação de casos provenientes de países endêmicos.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o panorama atual da poliomielite registra casos da doença em 17 países, com quatro países considerados endêmicos – Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão-, e países com casos confirmados de poliomielite em que houve a reintrodução do poliovírus – Angola, Bangladesh, Namíbia, Nepal, República Democrática do Congo, Camarões, Chad, Indonésia, Quênia, Niger, Somália, Myanmar e Iemen.

“A vacina oral contra pólio é considerada pela OMS como a única vacina capaz de viabilizar a erradicação global da doença. O Brasil vem mantendo suas coberturas vacinais e tem alcançado altos índices, mas existem fatores de risco que podem ocasionar a reintrodução do poliovírus no país, a exemplo do intenso fluxo de viajantes internacionais e a existência de alguns municípios que não conseguem a cobertura vacinal adequada”, chama a atenção Guirra, acrescentando que a vacinação em massa é extremamente importante e que todas as crianças na faixa etária indicada devem ser vacinadas, mesmo que já tenham sido vacinadas em campanhas anteriores.

sas/is

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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