Esta matéria é um resumo traduzido da reportagem “A viagem de uma Mãe” que ganhou o Prêmio Pulitzer como a melhor reportagem fotográfica em 2006 e que foi publicada pelo jornal El Mundo, por Isabel Perancho.
Cyithia Hubert e a fotógrafa Renée C. Byer testemunharam a luta de Cyndie, uma mulher estadunidense, de 40 anos e mãe de cinco filhos, contra o neuroblastoma, um tumor maligno freqüente nos meninos, que acabou com a vida de Derek, o filho caçula.
As duas repórteres foram testemunhas durante todos os meses de todos os aspectos que envolveram o tratamento médico e o impacto do câncer na vida familiar. O resultado final é um relato surpreendente, polêmico por conta da dureza de algumas imagens, porém um exemplo de amor e coragem.
O encontro entre Cyndie French e a repórter Cynthia Hubert e a fotógrafa Renée C. Byer aconteceu em maio de 2005, seis meses depois que diagnosticaram que Derek tinha um neuroblastoma , um dos tumores sólidos mais freqüentes na infância.
Freench (a mãe de Derek) convidou as repórteres para observarem todos os pormenores dos cuidados do menino, que na época estava com 10 anos e documentar o impacto da enfermidade sobre sua família. Durante o ano seguinte, Hubert e Byer compartilharam incontáveis horas com Derek, seus familiares e amigos: em casa, em suas saídas para o exterior, em suas visitas ao hospital, durante as transfusões sanguíneas, cirurgias e outras terapias.
O resultado deste inédito “voyeurismo” é “A viagem de uma mãe”, uma extraordinária série de reportagens que plasmam os últimos meses da vida do menino e que foi publicada no verão em o “Sacramento Bee”, um periódico editado na cidade californiana dos Estados Unidos. A reportagem documenta o acontecimento através de palavras, fotografias e vídeos, mostrando a progressão do câncer e o impacto sobre o garoto, sobre a família e sobre a economia doméstica.
Cyndie vendeu seu comércio, enviou sua filha menor de 6 anos para viver com o pai e não mais deu atenção aos filhos menores, os quais passaram a ter problemas com rendimento escolar, sendo que um dos filhos abandonou a escola. Derek faleceu em 10 de maio de 2006.
“Como repórter me esforço para buscar histórias que ajudem a sensibilizar sobre os menos favorecidos. Era importante contar esta, porque se investem milhões de dólares na investigação do câncer, porém nada fazem para ajudar as famílias a enfrentarem o sofrimento emocional e financeiro, que tem um filho em estado terminal”, afirma Renée C. Byer.
“Sentia que era importante mostrar o que para as pessoas o que acontece realmente e não ficar escondendo por trás de uma aparência de normalidade” – Declarou Cyndie Frenche, a mãe do garoto, ao “Sacramento Bee”, para explicar os motivos da exposição pública de sua intimidade. Frenche, que ainda recebe ajuda psicológica para superar a perda do seu filho, criou uma fundação em sua memória “O desejo de Derek” – www.Dereks-wish.com com a finalidade de ajudar as famílias que passam por situações semelhantes.
Muitos acusam a mãe do garoto de exibicionismo e questionam:
“É necessário mostrar a agonia de um garoto para sensibilizar a sociedade?” Qual é sua opinião sobre isso?
As fotos são tristes e se você é muito emotivo(a) não as veja:
http://www.sacbee.com/static/newsroom/swf/april07/mother/
http://www.poyi.org/64/WUA/first_01.php (40 fotos)
Se quiser ler a reportagem na íntegra, também com fotos, leia no jornal El Mundo:
http://www.elmundo.es/suplementos/salud/2007/706/1177106416.html
***
Verdadeiramente, o câncer atualmente é uma doença curável, na maior parte dos casos. E se algumas pessoas morrem com esta enfermidade, outras também morrem com doenças como pneumonia, meningite, dengue hemorrágica.