Uma boa notícia para crianças, jovens, enfim, para todos os brasileiros é a de que todos os municípios do país estarão conectados à internet por meio de telecentros até o fim deste mês. Pelo menos é o que disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa, durante um encontro sobre a instalação de banda larga nas escolas brasileiras.
De acordo com o ministro, o governo aprovou um orçamento de R$ 140 milhões, suficiente para comprar 6 mil telecentros, formados por 10 computadores, roteadores (para conexão sem fio), projetor de DVD, telão e móveis para informática, conforme publicado na Agência Brasil :
“Esses telecentros já foram comprados e estão sendo entregues até o dia 30 de junho. Todos os 5.640 municípios brasileiros terão recebido esses equipamentos, o que inclusive alavancou as vendas de computadores no país.”
Hélio Costa disse que, pela primeira vez, as vendas de computadores bateram as de aparelhos de televisão. “No ano passado, foram vendidos 10 milhões de televisores e 10,5 milhões de computadores. E a previsão para este ano é de 14 milhões de computadores. O Brasil é hoje o terceiro país do mundo na venda de computadores.”
Entre os motivos que ajudaram a expandir as vendas no setor de informática está a redução no preço dos equipamentos, segundo o ministro. “Há três anos um computador custava R$ 3 mil e hoje pode ser comprado por R$ 850. O preço caiu vertiginosamente dentro de uma política de inclusão digital adotada pelo governo, que colocou os agentes financeiros públicos para possibilitar que qualquer cidadão possa comprar o seu computador.”
Segundo Hélio Costa, o Brasil está à frente dos demais países latino-americanos no processo de inclusão digital. “Não existe, em nenhum país do continente, do México para baixo, um programa que seja semelhante ao esforço que se faz aqui para se conectar cada cidade brasileira e levar a cada escola do país a internet em banda larga, com a certeza de que todas as 142 mil escolas estarão conectadas nesses próximos anos.”
Hélio Costa aproveitou para comentar as mudanças que devem ser feitas no Plano Geral de Outorgas (PGO), conjunto de regras que rege o setor de telecomunicações. Isso será necessário para viabilizar, por exemplo, a compra da Brasil Telecom pela Oi, que já foi acertada pelas duas empresas. A minuta com as modificações deve ser entregue até a próxima semana à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Segundo ele, a operação é do interesse público e vai melhorar a competição. “Na medida em que o Brasil tiver uma grande empresa de telecomunicação, vai poder competir na América Latina, na África e em qualquer país do mundo.”