Segundo pesquisadores da Grã-Bretanha, milhares de bebês podem continuar vivendo, se as mães fizessem exames de sífilis, enquanto ainda estão grávidas.
Pesquisadores da University College London analisaram 10 estudos prévios, envolvendo 41 mil mulheres. As conclusões saíram na publicação científica Lancet Infectious Diseases.
Mais de 500 mil bebês morrem todo ano, em consequência da sífilis. Neste número encontram-se os que já nasceram mortos e outros que vieram a morrer pouco depois do nascimento. A maioria dos bebês mortos está na África subsaariana.
Os exames e o tratamento a base de antibióticos, segundo os pesquisadores, são baratos para os órgãos públicos e reduziriam pela metade o número de mortos. Testes para sífilis ficam em torno de US$ 1.44 (equivalente a cerca de R$ 2,3).
Segundo os pesquisadores, todas as mulheres grávidas que fizerem o exame e o resultado der positivo, só precisariam tomar uma única dose do antibiótico benzatina antes da 28ª semana de gravidez. Esta ação simples poderia acabar com as mortes de bebês recém-nascidos devido a sífilis.
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível que pode ser passada de mãe para filho através da placenta. A doença resulta em ferimentos e coceiras e evolui para danos mais sérios ao coração, cérebro e olhos, podendo causar a morte.