Cursar medicina – a boa notícia que vem do MEC

Cursar medicina, se é seu sonho, vai se tornar mais acessível, pois o Ministério da Educação (MEC) anunciou, no dia 5, a criação de 2.415 vagas.

Parte destas vagas será criada em cursos já existentes e novos cursos, tanto em universidades públicas como em particulares. O crescimento representa 15% das vagas de medicina do país. De acordo com o ministro, Aloizio Mercadante, parte das vagas estará disponível no segundo semestre deste ano.

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Número de médicos no Brasil cresce 21,3% em uma década

Na última década, o número de médicos cresceu 21,3%, índice superior ao aumento da população no mesmo período, que foi 12,3%. A categoria já soma 371.788 profissionais em atividade e coloca o Brasil como o quinto país em número absoluto de médicos, segundo a pesquisa Demografia Médica no Brasil, encomendada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Divulgada nessa quarta-feira (30), a pesquisa reitera que não há falta de médicos, mas que eles estão distribuídos de forma desigual entre as regiões. O Sudeste e o Sul continuam a concentrar a maioria – com duas vezes mais médicos que as outras regiões. Os motivos são a maior oferta de emprego, de rede de hospitais, de escolas e a melhor qualidade de vida, o que acaba atraindo mais profissionais. Continue lendo “Número de médicos no Brasil cresce 21,3% em uma década”

MEC determina corte de 514 vagas de medicina em cursos com baixa qualidade

O Ministério da Educação (MEC) deu início ao processo de supervisão dos cursos com baixo desempenho nas avaliações da pasta, anunciado ontem (17). No Diário Oficial da União de hoje (18) foram publicadas as medidas cautelares que suspendem 514 vagas de 16 cursos de medicina que tiveram nota 1 ou 2 no Conceito Preliminar de Curso (CPC). O indicador varia em uma escala de 1 a 5 e é calculado com base no desempenho dos alunos no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e em outros critérios como a infraestrutura e o corpo docente da instituição.

Os cursos que sofreram o corte determinado hoje são todos de instituições privadas de Minas Gerais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Maranhão, de Rondônia, do Tocantins e de Mato Grosso. O ministério pretende suspender até o fim do ano 50 mil vagas em graduações na área da saúde, ciências contábeis e administração que tiveram resultado insatisfatório nas avaliações de 2009 ou 2010. Os dados do Enade 2010 divulgados ontem (17) mostram que 594 dos 4.143 cursos avaliados tiveram CPC 1 ou 2. A nota 3 é considera satisfatória e os CPCs 4 e 5 indicam que o curso é de boa qualidade.

O percentual de vagas reduzidas em cada curso variou entre 20% e 65% do total, de acordo com o desempenho no CPC. A redução no número de vagas de ingresso passa a valer para o próximo processo seletivo de cada instituição. Elas passarão por um processo de supervisão e terão o prazo de um ano para cumprir um termo de saneamento de deficiências para melhorar a qualidade da oferta. Se as exigências não forem atendidas, o MEC poderá abrir um processo administrativo para encerrar a oferta do curso. A partir da notificação, as instituições têm 30 dias para informar o ministério sobre as providências que serão tomadas.

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

 

Justiça recebe recurso da AGU sobre anulação de questões do Enem

Hoje à tarde a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um recurso para derrubar a decisão da Justiça Federal no Ceará de cancelar 13 questões do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado nos dias 22 e 23 de outubro.

O pedido feito pelo Ministério Público Federal no Ceará para anulação de algumas questões do Enem 2011 foi aceito pela justiça, na segunda-feira (31).

As questões foram anuladas porque alunos do Colégio Christus, de Fortaleza, tiveram acesso antecipado. Os itens estavam em apostila distribuída pela escola semanas antes da aplicação do Enem. O vazamento ocorreu na fase de pré-testes do exame, da qual a escola participou em outubro de 2010.

O MEC quer a anulação da prova apenas para 639 alunos do colégio cearense, os quais poderiam fazer outro Enem no final de novembro.

A Polícia Federal investiga o caso.

Os principais prejudicados são os alunos.

Enem privilegia interpretação e atualidades; candidatos do Rio elogiam tema da redação

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) privilegiou a interpretação e os assuntos da atualidade. Esse foi o consenso entre estudantes cariocas ao deixaram o campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, zona sul da cidade, depois do segundo dia de provas.

A tão temida redação, de peso 3 para todos os estudantes do exame, também recebeu elogios dos candidatos. Com o tema Viver em Rede no Século 21: os Limites entre o Público e o Privado, a maioria dos candidatos diz ter desenvolvido um bom texto por se tratar de um assunto que faz parte do cotidiano dos jovens de hoje.

O estudante Pedro Vaz, 16 anos, que está no 1o ano do ensino médio, acredita que, se já estivesse apto a cursar uma universidade, estaria classificado para o curso de direito. “Achei ontem mais cansativo. Hoje, a prova de matemática estava bastante lógica e o português bastava prestar atenção para não cair em pegadinha. A redação não estava difícil porque era um tema atual por causa da internet. Achei tranquilo.”

Para Silene Firmino, 28 anos, que saiu da escola há mais de dez anos, a prova não foi tão fácil. Mesmo assim, ela espera conseguir ingressar em uma universidade pública para cursar administração. “A prova abordou mais conhecimentos básicos. Não é tanto o que se estuda na escola. E depois de tanto tempo sem estudar, acho que fiz uma prova tranquila.”

De acordo com Breno Valverde, 17 anos, quem lê jornal e está antenado com o que acontece na política e economia nacional e internacional conseguiu se sair bem na prova. Ele pretende fazer publicidade e fez o exame esse ano como experiência. “É uma prova sobre atualidades e menos decoreba. Achei tranquilo. Tomara que seja assim no ano que vem.”

 

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil