Poluição do ar é risco maior para crianças, diz estudo

Poluição do ar representa maior risco para crianças

Um estudo realizado com 3.900 crianças espanholas comprovou que a poluição do ar é a que representa maior risco para o bem-estar das crianças, enquanto a obesidade é um de seus primeiros distúrbios.  O estudo é parte do projeto INMA, liderado pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (isGlobal).

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Anvisa: ranking dos dez alimentos mais envenenados do Brasil

Foto do pimentão - primeiro lugar entre os mais envenenados
Pimentão lidera lista dos alimentos com mais resíduos de agrotóxicos. A Vigilância Sanitária encontrou problemas em mais de 90% das amostras do alimento analisadas em 2010 (Ranato Araújo/ABr)

O brasileiro, com raras exceções, é um povo tão desobediente as leis, que muitos não se importam de causar doenças nos outros que resultam em morte, desde que isso traga lucros para eles. Refiro-me a alguns produtores de alimentos.

Em 2010, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisou 2.488 amostras de alimentos e, de forma, não muito surpreendente, comprovou que 28% apresentaram resultado insatisfatório para a presença de resíduos dos produtos. Deste total, 605 (24,3%) amostras estavam contaminadas com agrotóxicos não autorizados.

Quando o uso de um agrotóxico é autorizado no país, os órgãos responsáveis por essa liberação, indicam para que tipo de plantação ele é adequado e em que quantidade pode ser aplicado.

Em 42 amostras (1,7%), o nível de agrotóxico estava acima do permitido. Em 37% dos lotes avaliados, não foram detectados resíduos de agrotóxicos.

“Os resultados insatisfatórios devido à utilização de agrotóxicos não autorizados resultam de dois tipos de irregularidades, seja porque foi aplicado um agrotóxico não autorizado para aquela cultura, mas cujo [produto] está registrado no Brasil e com uso permitido para outras culturas, ou seja, porque foi aplicado um agrotóxico banido do Brasil ou que nunca teve registro no país, logo, sem uso permitido em nenhuma cultura”, conclui o relatório do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos (Para).

O pimentão ficou em primeiro lugar, pois teve grande número de amostras contaminadas por agrotóxico. Em quase 92% das amostras foram identificados problemas. Em segundo lugar o saboroso morango e o pepino, com 63% e 57% das amostras com avaliação ruim.

A lista com os dez alimentos com mais amostras contaminadas com resíduos de agrotóxicos é a seguinte:

1) pimentão

2) morango

 

Foto de morangos, segundo lugar entre os alimentos com mais veneno
Morango é o segundo alimento com mais resíduo de agrotóxico, aponta levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As amostras tinham nível de agrotóxico acima do permitido ou presença de produto não autorizado (Ranato Araújo/ABr)

3) pepino
4) cenoura
5) alface
6) abacaxi
7) beterraba
8)) couve
9) mamão
10) tomate

IBGE mostra metade dos municípios do Brasil sem esgoto

Foto Brasil sem esgotoA implantação e ampliação das redes de esgoto no Brasil são cada vez mais insuficientes para satisfazer a população brasileira nas áreas urbanas.

A situação é tão caótica que, segundo Atlas do Saneamento 2011 do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado hoje (19), quase metade (44,8%) dos municípios brasileiros não tem redes coletoras de esgoto.

A Região Norte é a pior de todas, pois apenas 3,5% dos domicílios de 13% dos municípios da região têm acesso à rede coletora de esgoto.

Outro dado mostrado na pesquisa do IBGE aponta que o esgotamento sanitário é o que teve menor abrangência entre os serviços de saneamento. Em 2008, 68,8% do esgoto coletado no país recebeu tratamento. Essa quantidade, porém, foi processada por apenas 28,5% dos municípios brasileiros, confirmando acentuadas diferenças regionais. Enquanto 78,4% das cidades paulistas ofertam sistemas de coleta e tratamento de esgotos à população, no Maranhão esse percentual é só 1,4%.

São Paulo é o único estado em que quase todos os municípios aparecem providos de rede coletora de esgoto, com exceção de Itapura (no noroeste do estado). Acre, Amazonas, Alagoas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul apresentam taxa inferior a 50% de municípios assistidos.

Grande parte dos municípios sem sistema está em áreas rurais e tem população dispersa, menos de 80 habitantes por quilômetro quadrado. Nesses locais, os dejetos são jogados em fossas sépticas, valas a céu aberto, fossas rudimentares ou diretamente em rios, lagoas, riachos ou no mar.

Triste realidade que precisa ser modificada com urgência.

Coleta de lixo eletrônico pode começar a partir de hoje

Ilustração coleta de lixo eletrônicoTudo indica que de hoje (12) até o próximo dia 26, as populações de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e do Rio de Janeiro poderão descartar de forma correta o lixo eletrônico, como celulares e computadores obsoletos e estragados. A coleta do material faz parte da estratégia de consumo sustentável desenvolvida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). A expectativa do ministério é que sejam coletadas 50 toneladas de lixo eletrônico nestes 15 dias.

“Temos que conscientizar os consumidores que há lugar [adequado] para o lixo eletrônico”, disse hoje (11) a gerente de Consumo Sustentável do Departamento de Produção e Consumo Sustentável do MMA, Fernando Daltro. Segundo ela, o lixo coletado durante a campanha será reciclado ou descartado por empresas de reciclagem.

A campanha será desenvolvida por meio de parceria do MMA com companhias de metrô de Brasília, São Paulo, do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, o Carrefour, a Phillips do Brasil, a Oxil – empresa que atua no mercado de reciclados desde 1988 – e a Descarte Certo. Neste ano, o ministério instituiu outubro como o Mês do Consumo Sustentável.

Em Brasília, a população poderá descartar o lixo eletrônico em um coletor da Estação Galeria dos Estados do metrô, no Setor Comercial Sul. Em São Paulo, o posto de coleta ficará na Estação Tucuruvi, na Linha 1 Azul. No Rio, o material poderá ser deixado na Estação Carioca e em Belo Horizonte, na Estação Eldorado.

O Brasil consome por ano, segundo o MMA, mais de 120 milhões de eletroeletrônicos. Pelo menos 500 milhões de produtos se encontram sem uso nas casas dos brasileiros. Esses produtos contêm mercúrio, chumbo, fósforo e cádmio – substâncias podem contaminar o ar, a água e o solo. Por isso, o ministério que conscientizar a população sobre a necessidade de descartar de forma correta o lixo eletrônico.

OMS diz que poluição do ar mata 2 milhões de pessoas no mundo

Ilustração de uma cidade coberta pela poluição do ar

A poluição do ar é responsável pela morte de pelo menos 2 milhões de pessoas no mundo, todos os anos, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A conclusão desta quantia de mortes devido a poluição de ar é fundamentada em dados coletados em 1.100 cidades e 91 países com mais de 100 mil habitantes.

Os especialistas dizem que a contaminação do ar pode levar a problemas cardíacos e respiratórios.

“A poluição atmosférica é um grave problema de saúde ambiental. É vital que aumentemos os esforços para reduzir o impacto na saúde que [a poluição atmosférica] cria”, disse a diretora de Saúde Pública e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, para a Agência Brasil/ Renata Giraldi.

De acordo com ela, é necessário que as autoridades de cada país façam monitoramentos constantes para medir a poluição do ar. “[Assim] podemos reduzir significativamente o número de pessoas que sofrem de doenças respiratórias e cardíacas e até de câncer de pulmão.”

Segundo Neira, é fundamental lembrar que a poluição do ar é provocada por vários fatores, como os gases de escapamentos dos veículos, a fumaça de fábricas e fuligem das usinas de carvão. “Em muitos países não há qualquer regulamentação sobre a qualidade do ar. Quando há normas nacionais, elas variam muito na sua aplicação.”

A OMS informou ainda que em 2008 cerca de 1,34 milhão de pessoas morreram prematuramente por causa dos efeitos da poluição sobre a saúde. Segundo especialistas, políticas de prevenção podem evitar as mortes prematuras.