O calendário de imunização das crianças terá duas vacinas a mais, a partir do segundo semestre. Uma é a vacina injetável contra a paralisia infantil e a outra é a pentavalente, que imunizará contra cinco doenças e substituirá a tetravalente.
A inclusão da vacina injetável no calendário de vacinação contra paralisia infantil não vai implicar a retirada da dose em gotinhas da lista. As duas vacinas aumentam a eficácia, pois a vacina injetável usa o vírus morto e, a segunda, o vírus vivo atenuado (mais fraco).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explicou que a vacina injetável diminui os riscos da criança sofrer eventos adversos após a vacinação, como uma paralisia infantil pós-vacinal. O efeito é raro, mas passível de acontecer. Em 2011, foram detectados dois casos suspeitos de paralisia infantil pós-vacinal no país. A vacina injetável tem maior eficácia nas primeiras doses em comparação à oral, segundo a Agência Brasil/Carolina Pimentel.
Segundo o ministro, a vantagem da vacina oral é proteger um grande número de crianças, mesmo quem não foi imunizado. “A vacina oral causa um efeito rebanho. Mesmo as crianças não vacinadas, são protegidas quando vacinamos várias crianças. A oral é eliminada nas fezes da criança e, nos locais onde há pouco saneamento básico, causa um efeito de proteção no ambiente”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. A injetável será aplicada nos bebês com 2 e 4 meses de idade e, a oral, no reforço aos 6 e 15 meses. Continue lendo “Crianças terão duas vacinas a mais a partir de junho”