Especialistas afirmam que na República Velha acontecia a hipervalorização dos presos, buscando o reconhecimento da sociedade para o trabalho policial, algo semelhante ao que está acontecendo com a ocupação da Rocinha e a prisão do traficante Nem, com a divulgação massiva das ocupações de comunidades pobres, pelas forças de segurança pública.
Na opinião de Michel Misse, professor de sociologia e antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor do Núcleo de Estudos em Cidadania, Conflito e Violência Urbana (Necvu) da UFRJ, a pirotecnia fez lembrar artigos da década de 1950 que criticavam a “aliança” entre imprensa e polícia para supervalorizar as prisões. Continue lendo “Ocupação da Rocinha e prisão de Nem é espetáculo midiático?”