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Sinais suspeitos que indicam hanseníase

Perna com lesões de lepra limítrofe (borderline). Foto: Wikipédia

A coordenação estadual de controle da hanseníase, da Secretaria da Saúde do Estado, em parceria com a Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Salvador, realiza nesta sexta-feira (18), panfletagem em locais de grande circulação, com o objetivo de divulgar informações sobre a hanseníase, alertando a população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento imediato e adequado da doença.

O trabalho, que terá também o apoio do Movimento de Reintegração do Hanseniano (Morhan), integra a campanha “Saúde é bom saber!”, desencadeada recentemente pelo Ministério da Saúde, com foco na hanseníase.

A campanha da Sesab acontecerá das 8 às 12 e das 13 às 17h, nas Estação da Lapa, Pirajá, Mussurunga e Iguatemi, onde técnicos das duas secretarias e do Morhan distribuirão cerca de 10 mil folhetos educativos e estarão disponíveis para prestar esclarecimentos sobre a hanseníase, como se transmite, como identificar os sintomas e como fazer o tratamento adequado.

A coordenadora do Programa de Controle da Hanseníase da Sesab, Ana Franceska Cotrim, adverte que quanto mais cedo se identifica a doença, menores serão as chances de seqüelas.

Sinais suspeitos

A médica Eliana de Paula, vice-coordenadora do núcleo Salvador/Bahia do Morhan e secretária executiva da Rede Interinstitucional de Apoio ao Plano de Eliminação da Hanseníase (Rede Hansen/Bahia), explica que a hanseníase é uma doença provocada pelo micróbio conhecido como bacilo de Hansen, que afeta a pele e o sistema nervoso periférico, principalmente os olhos, os pés e as mãos.

Devem ser considerados sintomas suspeitos de hanseníase uma ou mais manchas esbranquiçadas, amareladas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, dor ou tato, caroços ou inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos, engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando à perda da sensibilidade e diminuição da força no 5º dedo, dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés, áreas com diminuição dos pelos e do suor e cortes ou queimaduras com ausência de dor.

“É importante que a doença seja identificada precocemente e que o tratamento seja iniciado imediatamente”, explica Ana Franceska. Cartilha produzida pelo Ministério da Saúde também chama atenção para a importância de os portadores de hanseníase praticarem o autocuidado, com técnicas e exercícios para prevenir as incapacidades ou a piora das mesmas.

Eliana de Paula lembra ainda que os portadores da doença, em geral, são estigmatizados pela sociedade, embora a transmissão só ocorra por meio de contato íntimo e prolongado. “A maioria das pessoas tem uma resistência natural ao bacilo e não desenvolve a doença, mesmo que tenha contato com o agente causador”, esclarece a médica.

No Brasil, a cada ano são registrados 47 mil casos de hanseníase. Na Bahia, no ano passado, ocorreram 2.914 casos da doença, sendo 255 em menores de 15 anos. O estado tem um percentual de 75% de cura.

sas/is

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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