É incrível quanto a justiça brasileira é sempre passível de nunca chegar a um final, seja feliz, seja infeliz.
Passam anos em julgamentos em diversos tribunais e quando chega no último, quando parece ser a decisão final, ainda assim surgem outros que podem dizer ao contrário do que o superior disse.
Os advogados da família brasileira do garoto Sean Goldman, de 9 anos, informaram, por meio de nota à imprensa, que continuarão disputando a guarda do menino na Justiça brasileira. Sean foi entregue ao seu pai biológico, o norte-americano David Goldman, no última quinta-feira (24), e levado imediatamente aos Estados Unidos, depois de viver cinco anos com sua família brasileira, segundo notícia da Agência Brasil/Vitor Abdala:
O garoto foi trazido ao Brasil pela mãe, Bruna Bianchi, há cinco anos, supostamente sem a conivência do pai. Aqui, ela se casou com o brasileiro João Paulo Lins e Silva. Bruna morreu em 2008, por complicações no parto da segunda filha e, desde então, a guarda de Sean estava com o seu padrasto.
O menino foi entregue ao pai depois de uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), que determinou entrega do menino ao pai biológico. A determinação do TRF chegou a ser suspensa por uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, posteriormente, a liminar foi cassada pelo presidente do STF, Gilmar Mendes.
Segundo a nota, os advogados ainda esperam que os tribunais superiores brasileiros modifiquem a decisão do TRF e decidam em favor da família brasileira. De acordo com os advogados, ainda é possível que o STF resolva ouvir o depoimento de Sean e que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) reverta a decisão do TRF.