A Universidade Pierre et Marie Curie, em Paris, realizou um estudo cujos resultados foram esperançosos para aqueles que, no futuro, venham necessitar de transfusão de sangue e queiram ser seus próprios doadores.
A revista científica norte-americana Blood publicou a pesquisa que teve como responsável Luc Douay, do Hospital Saint-Antoine, da universidade.
É preciso, no entanto, algum tempo a mais para que os pacientes venham a utilizar glóbulos artificiais. A tecnologia atual ainda não permite a produção em grande escala.
Segundo a Agência Brasil/Renata Giraldi, uma primeira transfusão desses glóbulos vermelhos fabricados em laboratório foi feita em seres humanos, mostrando que além de eles terem o mesmo desempenho dos glóbulos naturais, podem sobreviver no organismo.
A pesquisa é considerada pioneira na obtenção de sangue artificial e pode representar uma alternativa para a crescente necessidade de doações de sangue no mundo e para suprir a carência de doadores, além de reduzir o risco de infecções.
No corpo humano, os glóbulos vermelhos – também chamados de hemáceas – são responsáveis pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico, em menor quantidade, para os tecidos. Uma das alternativas para fabricar artificialmente os glóbulos vermelhos, segundo os pesquisadores, é utilizar células de sangue do cordão umbilical que se proliferam mais rapidamente do que células-tronco adultas.
Com informações da emissora estatal de rádio da França, a RFI//Edição: Graça Adjuto.