A natureza está cada vez mais ameaçada, principalmente por conta da nossa estupidez. Afinal, sem ela jamais poderemos continuar vivos. Já causamos o desaparecimento de centenas, senão milhares de espécies de animais e plantas da natureza e podemos fazer centenas de outras espécies desaparecerem do nosso meio ambiente.
Quanto mais rápido destruímos a natureza, mas rápido será nosso desaparecimento deste belo planeta, onde cada vez menos se ouve o cântico dos pássaros.
Psittacula eques, um periquito brasileiro,
ameaçado de extinção. Foto: BBC.
Vejam só esta lista, divulgada pela BBC, com base em dados fornecidos pela União Mundial para Conservação (IUCN, na sigla inglesa), referente a animais que podem desaparecer em breve:
Peixes
No Brasil existem 725 espécies de animais ameaçados de extinção, incluindo uma das espécies de espadarte (Pristis perotteti), encontrado na costa norte, que está criticamente em risco. Sua captura e comércio já são proibidos no Brasil desde 2004.
Os cações-viola, encontrados na costa sul do Brasil, também estão criticamente ameaçados. A abundância dessa espécie diminuiu em 80% desde 1986 por causa da pesca intensiva e atualmente é raro que sejam capturados.
A IUCN acredita que, se não aumentarem os esforços por sua conservação, o cação-viola poderá estar extinto dentro de 10 anos.
Primatas
Os gorilas estão entre as espécies mais ameaçadas mundialmente. O gorila ocidental está ‘criticamente em risco’, depois que foi descoberto que a principal subespécie, o gorila ocidental das terras baixas, foi dizimada pela caça e pelo vírus Ebola.
Sua população diminuiu em mais de 60% nas últimas décadas, sendo que um terço da população em áreas de conservação foi morta pelo Ebola.
O orangotango do Sumatra permanece na categoria ‘criticamente em risco’ e o orangotango de Bornéu ‘em risco’. As duas espécies estão ameaçadas pela diminuição do habitat, causada pela exploração madeireira e deflorestação para a produção de óleo de dendê.
Esta também é a primeira vez em que espécies de corais aparecem na lista. Dez espécies encontradas em Galápagos estão ameaçadas, sendo que duas delas estão criticamente em risco e uma possivelmente extinta.
A principal ameaça para essas espécies são os efeitos do El Niño e das mudanças climáticas.
Periquito
Na lista deste ano, apenas uma espécie teve seu risco de extinção reduzido, um periquito (Psittacula eques) encontrado apenas nas Ilhas Maurícios, que era o periquito mais raro do mundo há 15 anos.
“A lista deste ano mostra que os esforços feitos até agora para proteger as espécies não são suficientes. O ritmo de perda de biodiversidade está aumentando e nós precisamos agir agora para reduzir e acabar com esta crise global de extinção”, disse Julia Marton-Lefévre, diretora geral da IUCN.
“Isso pode ser feito, mas apenas com um esforço concentrado em todos os níveis da sociedade.”
A União Mundial para Conservação, criada em 1948, reúne 10.000 cientistas em 147 países e monitora o estado de mais de 41 mil espécies.
A maior causa para o risco das espécies ainda é a ação humana, principalmente a destruição e degradação de habitats, além da introdução de espécies invasivas, plantações insustentáveis, caça, poluição e doenças.
As mudanças climáticas também vêm sendo cada vez mais reconhecidas como uma séria ameaça, que pode amplificar esses perigos.