Refeição saudável é algo que todos queremos, mas muitos correm riscos de morte por não terem uma boa alimentação. Um estudo da Secretaria de Estado da Saúde mostra que o perigo mora em casa, no que se refere às refeições. A afirmação é decorrente do alto índice de intoxicações. 27% (ou quase um em cada três) surtos de intoxicação alimentar registrados no Estado de São Paulo estão relacionados ao consumo de alimentos preparados nas residências.
Com a proximidade do Natal e Ano Novo, a Secretaria preparou uma série de dicas para auxiliar no preparo e manipulação de alimentos que serão consumidos durante as festas (veja relação abaixo), para que todos tenham uma refeição saudável. As informações da Secretaria de Saúde do Governo de São Paulo:
Foram analisados 76,8 mil casos de DTA (doenças transmitidas por água e alimentos), ligados a 2,7 mil surtos ocorridos entre 1998 e 2008. Os casos de intoxicação relacionados ao preparo de alimentos e restaurantes, lanchonetes, bares, padarias, bifês e outros estabelecimentos que vendem comida ocupam o segundo lugar no ranking, com 24% do total de surtos.
Dez por cento dos surtos não tiveram informação do local de ocorrência e outros 39% estavam relacionados a espaços variados como creches, escolas, asilos e outros locais. A maior parte dos casos analisados, 72,5 mil, foram de diarréia aguda causada por bactéria, sendo a principal delas a Salmonella, responsável por cerca de 7 mil casos.
Entre os casos de diarréia aguda causada por Salmonella, segundo o estudo, 35% estão relacionados ao consumo de ovos crus ou mal cozidos e a alimentos preparados a base de ovos, como maionese. Outros 16% foram causados por bolos e doces, 11% pelo consumo de tortas, salgados e lanches, e 9% pela ingestão de carnes e aves.
“O cuidado na hora de preparar alimentos é fundamental para evitar intoxicações, que além de diarréia, podem causar outros sintomas como vômito, cólicas, febre e, em alguns casos, distúrbios alérgicos, neurológicos e até morte”, alerta Maria Bernadete de Paula Eduardo, diretora da Divisão de Doenças Transmitidas por Água e Alimentos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria.