As milhares de redações do Enem passarão pelas mãos de quase três mil
professores de língua portuguesa, tão logo termine as provas nos dias 5 e 6 de dezembro. A correção ficará sob a responsabilidade do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe).
A correção, conforme publicado na Agência Brasil, funcionará da seguinte forma: cada texto vai ser lido por dois profissionais diferentes e se houver discrepância entre as notas atribuídas, um terceiro será chamado para a análise.
De acordo com informações divulgadas pela Secretaria de Comunicação da UnB, as redações serão levadas a uma área sigilosa do Cespe, onde são escaneadas e salvas em um programa de correção. Os professores, que já trabalharam para o órgão em outros concursos, têm acesso ao sistema via internet.
Do total de 4,1 milhão de inscritos, o Cespe será responsável por aplicar as provas para 1,9 milhão. O órgão vai cobrir 1.105 municípios onde há locais de prova no Distrito Federal e em 17 estados: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Segundo informação da UnB, serão contratados 300 mil colaboradores, entre coordenadores, aplicadores de provas, seguranças e outros profissionais, para trabalhar nos dois dias do Enem.
O Cespe foi chamado para assumir a realização do exame junto com a Cesgranrio após o rompimento do contrato do Ministério da Educação com o Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), que tinha vencido a licitação. O novo contrato deve ser assinado nos próximos dias. O Cespe e a Cesgranrio foram responsáveis pelo Enem nas últimas edições da prova.