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Especialista quer prova do Enem em diferentes modelos

Prova do Enem: a coordenadora-geral do movimento Todos pela Alejandra Meraz Velasco disse que uma reformulação do ensino médio exigirá mudanças na forma de avaliação.

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, Alejandra argumentou que é preciso criar provas diferentes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a serem aplicadas de acordo com o interesse e a formação dos estudantes.

“Sem uma mudança na avaliação, vamos continuar tendo essa estrutura de ensino médio. Infelizmente, o ensino reage a como são feitas as avaliações. Muito mais no Brasil, em que o Enem é vinculado a outros programas e acaba pautando muito o que é oferecido em sala de aula”, disse Alejandra em audiência da comissão especial que discute a jornada integral no ensino médio, prevista no Projeto de Lei 6.840/13.

Na opinião dela, o ensino médio deve oferecer uma formação mais voltada às áreas de interesse dos estudantes. Dessa forma, diferentes provas do Enem poderiam ser aplicadas a candidatos que quisessem seguir formações das áreas de humanas ou exatas ou ainda que quisessem ingressar no ensino superior ou no ensino técnico. “O Enem cobra todas as áreas de conhecimento e no final das contas acaba refletindo nesse ensino médio enciclopédico que hoje existe em que se ensinam todas as disciplinas e que são avaliadas todas as disciplinas.”

Na avaliação de Alejandra Meraz Velasco, a etapa de ensino passa por uma crise, que pode ser verificada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que estabelece metas de qualidade para o ensino básico. No índice de 2013, divulgado este ano, no ensino médio, a meta estabelecida era 3,9 e o Ideb atingido foi 3,7.

Estudantes de 1.700 municípios participaram do Enem nesse final de semana. Mais de 8,7 milhões se inscreveram e pouco mais de 6,2 milhões fizeram as provas, segundo a Agência Brasil.

A nota do exame pode ser usada para participar de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que disponibiliza vagas no ensino superior público; o Programa Universidade para Todos (ProUni), que oferece bolsas em instituições privadas; e o Sistema de Seleção Unificada do Ensino Técnico e Profissional (Sisutec), que destina a estudantes vagas gratuitas em cursos técnicos.

O exame é também pré-requisito para firmar contratos pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para obter bolsas de intercâmbio pelo Programa Ciência sem Fronteiras, além da certificação do ensino médio.

 

Jackson Rubem:
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