Certo machado afiado
Nas mãos de um lenhador.
Chorava triste amargurado
Sofrendo tremenda dor.
Desejando ter liberdade
De não ser manuseado.
Para as suas atitudes
Não serem atos desastrados.
A cada golpe que é dado
No sutil silêncio da mata.
Solta um gemido magoado
Em cada lasca que salta.
O frio ferro cortante
Não pode mudar a sorte.
O ser humano arrogante
Segue semeando a morte.
O vegetal está minguado
O mineral é o carrasco.
O animal está levando
A natureza ao fracasso.
Três reinos sem majestade
São os reinos da natureza,
Invadidos pela vaidade
Dos homens sem realeza.
A natureza chora o horror
Dos filhos que a consomem.
E o grande destruidor
É o animal chamado homem.