Você pode não acreditar, mas um estudo publicado pela revista especializada BMC Public Health garante que mais tempo de educação pode diminuir significativamente a pressão alta.
A conclusão desta afirmação foi baseada em 30 anos de estudo, analisando informações recolhidas de 3.800 participantes da experiência, em um bairro de Massachusetts.
Os pesquisadores separaram os 3.800 participantes em três grupos: baixa educação (12 anos ou menos), educação intermediária (entre 13 e 16 anos) e alto nível de educação (17 anos ou mais). Depois calcularam a media da pressão arterial sistólica, do período de 30 anos. A conclusão ficou explícita: o nível de educação está diretamente relacionado à pressão alta, ou seja, mais educação, menos pressão sanguínea; menos educação, mais pressão alta.
Aliás, o nível de educação mais alto já estava relacionado a nível menor de pressão sanguínea, desde muito tempo.
“Mulheres com menos (tempo de) educação têm probabilidade maior de passar por depressão, probabilidade maior de ser mães solteiras, mais probabilidade de viver em áreas empobrecidas e mais probabilidade de viver abaixo da linha de pobreza”, disse Eric Loucks, professor que liderou o estudo na Universidade de Brown, no Estado americano de Rhode Island.
O estudo analisou 30 anos de informações recolhidas de 3.890 pessoas, que estavam participando da experiência em um bairro de Massachusetts. Estas pessoas foram divididas em três grupos: baixa educação (12 anos ou menos), educação intermediária (entre 13 e 16 anos) e alto nível de educação (17 anos ou mais), conforme noticiado na BBC News:
Predisposição
Mulheres com níveis baixos de educação tinham uma pressão sanguínea 3,26 mmHg (milímetros de mercúrio) mais alta do que aquelas com um nível educacional alto. Entre os homens, a diferença foi de 2,26 mmHg.
Outros fatores, como fumo, consumo de medicamentos para pressão e consumo de bebidas alcoólicas, foram levados em consideração e o efeito sobre a pressão arterial continuou, apesar de ser em um nível mais baixo.
“Foi demonstrado que o baixo nível educacional predispõe indivíduos a empregos de maior carga, caracterizados por altos níveis de exigência e baixo nível de controle, que estão associados com a pressão arterial elevada”, escreveram os pesquisadores na revista BMC Public Health.
“Estas descobertas apoiam as provas já existentes a respeito da ligação entre privação socioeconômica e risco de doenças cardíacas”, disse Natasha Stewart, enfermeira especializada em problemas cardíacos na instituição de caridade British Heart Foundation.
“São necessárias medidas em todas as partes da sociedade para dar às crianças o melhor início possível na vida e reduzir as desigualdades na saúde”, acrescentou.