Uma operação envolvendo 70 policiais civis e militares para combater exploração sexual de crianças e adolescentes resultou em 59 presos, no Centro de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), no bairro de Irajá, subúrbio da capital. Também participaram agentes da Secretaria Municipal de Assistência Social e integrantes do Conselho Tutelar e da 1ª Vara da Infância e Juventude.
Segundo a Agência Brasil, os suspeitos foram levados para o Batalhão da Polícia Militar de Irajá, onde passaram por uma triagem. Foram detidos 38 homens, um deles com antecedentes criminais, 20 mulheres e apreendida uma adolescente. A polícia procura ainda uma mulher que, segundo as investigações, é a responsável pela exploração sexual de adolescentes.
As investigações duraram um mês e foram feitas por policiais militares do serviço reservado do batalhão. Além do esquema de exploração sexual, os policiais também descobriram comércio de drogas no local. Os agentes flagraram pessoas, muitas delas menores de idade, consumindo crack em um dos restaurantes populares do Ceasa.
O presidente da central de abastecimento, Leonardo Brandão, disse que a operação foi resultado das denúncias que recebeu sobre o esquema de exploração sexual existente no Ceasa. “Nós convidamos o secretário [municipal de Assistência Social], Rodrigo Bethlem, que acolheu e esteve presente aqui com toda sua equipe, somando esse esforço. Então as polícias Civil e Militar trabalharam juntas atuando na área de repressão ao crime”, disse.