O castor, animal fantástico, cuja pele servia de unidade monetária, nas transações comerciais entre os índios e os colonizadores, por pouco não foi exterminado do planeta.
Embora estes animais sejam quase nulos em sua capacidade cerebral, são admiráveis engenheiros hidráulicos, talentosos carpinteiros e exímios arquitetos. Moram na beira dos rios, bem distante do barulho. Suas habitações, construídas umas ao lado das outras, são impenetráveis, a não ser para eles e sua família, composta por no máximo 12 indivíduos.
Chegam a passar uma noite inteira para derrubar uma árvore, a depender da grossura do tronco. Logo que derrubam a árvore, cortam todos os ramos e lançam na água. Em seguida os conduzem pelo rio, segurando com os dentes ou empurrando-os, enquanto nadam, até chegar ao lugar escolhido para construção de suas casas e diques, que chegam a ter centenas de metros de comprimento e até quatro metros de altura.
Primeiro eles fazem a base de suas casas. Depois entrelaçam os ramos cortados. Em seguida rebocam com barro, dando firmeza a sua construção.
A cobertura é feita com paus e o piso é sempre plaino e coberto por um tapete formado por raminhos, folhas secas ou musgos e está sempre protegida das inundações.