É raro aparecer um caso de sirenomelia, como aconteceu com a criança Shiloh Pepin. A probabilidade é de um caso em 60.000.
A garota, que se tornou conhecida mundialmente, faleceu em Maine, Estados Unidos, aos 10 anos de idade, em consequência de um resfriado que virou pneumonia, conforme publicado no jornal Portland Press Herald.
Ela passou os dez anos de existência, enfrentando diariamente a malformação congênita. Virou celebridade nos Estados Unidos, depois que apareceu no programa da famosa apresentadora Oprah Winfrey.
Os médicos achavam que teria apenas algumas semanas de vida, pó causa das complicações decorrentes da sirenomelia. Todos erraram em seus prognósticos, pois a menina viveu uma década.
Os que nascem com esta característica têm as duas pernas unidas, razão pela qual são chamados de “crianças sereias”.
Em algumas situações, é possível a separação das extremidades inferiores. No caso de Shiloh, porém, os médicos descartaram qualquer intervenção cirúrgica, pois seus vasos sanguíneos cruzavam as pernas de lado a lado e era impossível a operação. Além disso, ela não tinha órgãos genitais, nem cólon e sobrevivia apenas com um rim.
Matthew Hand, um especialista do Hospital de Crianças Barbara Bush, de Maine, que atendeu Shiloh, disse em uma entrevista, no ano passado, que “a criança precisava de uma série de órgãos incluindo útero, bexiga e intestino grosso”.
Os vídeos de condolências se sucedem no YouTube e mais de 7.000 pessoas seguiam sua página no Facebook. Uma morte triste para uma criança cheia de vida e de disposição para enfrentar todos os problemas, inclusive a dor e a tristeza pelas limitações que a vida lhe impôs.