Em situações desesperadoras tudo pode acontecer, inclusive uma criança nascer fora de época, através de parto prematuro, colocando em risco a vida da mãe.
Pouco tempo depois que o terremoto destruiu Porto Príncipe, a capital do Haiti, um parto prematuro foi feito por militares brasileiros no hospital improvisado por eles.
O hospital fica na Base Charles onde se encontra a maior parte dos militares brasileiros que estão atuando no Haiti.
O médico Fabrício Almeida de Moura informou para a Agência Brasil / Luciana Lima que a criança está bem, mas a mãe, haitiana, corre risco de morrer devido a uma hemorragia que não cessa, após o parto prematuro:
“Ela não estava ferida. O susto com o terremoto fez com que entrasse em trabalho de parto e tivemos que fazer o parto em uma garagem. A criança está bem, está se alimentando com leite, mas a mãe está com sérias complicações de hemorragia”, disse o militar que na noite de quarta-feira (12) coordenava os trabalhos do hospital improvisado.
Cerca de 120 feridos pelo terremoto foram atendidos na base e cerca de 70 permanecem internados. De acordo com o médico, são pessoas que receberam os primeiros socorros, mas que precisam de procedimento cirúrgico. Muitas chegaram com membros completamente destruídos, precisando de amputação. “O problema é que temos pessoas que estão começando a ter febre a a apresentar quadro de infecção. Se não forem atendidas rapidamente, não sobreviverão”, disse o médico.