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Medo infantil – como ajudar seu filho a se livrar dele

Esta magnífica foto pertence a Joshua Hoffine e você pode conhecer outras extremamente criativas, sobre medos, no site dele: www.joshuahoffine.com

O medo é um sentimento difícil de ser explicado e afeta tanto adultos, quanto crianças e jovens. Há diversos tipos, alguns aceitáveis, outros bastante bizarros, como o de uma jovem que tem medo de cenoura e ervilhas. O que importa é que existe diversas formas de tratamento e os pais podem contribuir para fazer sua criança feliz, livre do medo ou atormentá-la.

Segundo o psicólogo Bruno Sini Scarpato, de São Paulo, especialista em atendimento infantil, a criança precisa ter segurança e de forma alguma os pais devem ridicularizar seus medos. Se fizerem isso só vai torná-la mais insegura.

O medo faz parte da vida, pois ajuda as pessoas estarem alertas para algo ameaçador que pode acontecer e evita que os seres humanos corram riscos desnecessários. Uma criança que não sente medo de forma alguma pode sofrer diversos tipos de acidentes.

A psicóloga Adela Stoppel de Gueller, coordenadora do setor de Clínica e Pesquisa do Departamento de Psicanálise da Criança do Instituto Sedes Sapientae, explica que entre os 3 e os 5 anos elas estão na fase natural dos temores. O medo de trovão, do escuro, de monstros ou de dormir sozinho são naturais e devem passar conforme a criança cresce e amadurece emocionalmente.

Nestes casos, os pais podem ajudar as crianças a superarem facilmente estes medos ou transformá-los em um trauma difícil de ser superado. Pais que se contradizem, por exemplo, vão ter dificuldades para ajudar a criança a superar seus medos. Se fala que bicho-papão não existe, em um determinado momento e em outros diz que existe dificilmente ajudará uma criança amedrontada.

A melhor forma de ajudar seu filho é tentar se identificar com ele. Diga que você também já sentiu medo, na idade dele, que todas as pessoas têm, inclusive você. “Conversar bastante com a criança é a melhor forma de traçar uma estratégia”, argumenta Bruno Scarpato.

O psicólogo ressalta que se deve estar bem atento para detectar o problema, pois muitas crianças têm medo de expor seus sentimentos, ao sentirem medo. Se estiverem apavoradas por dormirem sozinhas, alegam que não estão com sono ou insistem em assistir a televisão até tarde, tudo para evitar a hora de dar boa noite. “Elas passam simplesmente a evitar a situação”, explica Adela.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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