O Ministério da Educação, em parceria com as secretarias da Educação dos estados e municípios, quer oferecer formação inicial a todos os professores do país. A meta é acabar, em seis anos, com a existência de professores nas salas de aula sem graduação ou licenciatura.
Na Bahia, o mapeamento inicial das demandas a serem supridas foi apresentado, sexta-feira (11), durante reunião, no Instituto Anísio Teixeira (IAT), com com a presença do secretário estadual, Adeum Sauer, de representantes de três secretarias do MEC, das universidades públicas baianas e do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet).
Para viabilizar o projeto, cada estado tem até o dia 25 de agosto para apresentar uma comissão que ficará à frente do planejamento estratégico. O secretário Sauer destacou a importância de a SEC ter um programa de formação de professores que se enquadre na sua realidade e supra as demandas educacionais da Bahia. “Temos que desenvolver políticas que impacte em nossa realidade e reverta o déficit de professores sem formação”, ressaltou.
Sauer também destacou a importância de haver essa conjugação de esforços para resolver o problema da formação de professores. Na rede estadual baiana, a estimativa é de que existam cerca de 14 mil professores sem formação inicial. Já nas redes municipais, a situação é mais desafiadora. Atualmente, cerca de 73% dos professores não possuem nível superior. Os cursos serão ofertados na modalidade presencial e à distância, por meio da Universidade Aberta do Brasil (UAB).
“A nossa idéia é de, nos próximos três anos, colocar todos os professores dentro do sistema. Este é um problema enorme que não chegaremos em lugar nenhum se o MEC atuar de dentro do gabinete. Por isso, essa é uma ação que deve ser em conjunto com as outras esferas de governo”, ponderou o secretário de Educação a Distância do MEC, Carlos Biechovisky.
As ações empreendidas pelo MEC serão coordenadas no âmbito das secretarias de Educação a Distância, de Ensino Superior, de Educação Profissional e Tecnológica, de Educação Básica e também da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Para dar mais fôlego ao projeto, a proposta do MEC é que as universidades federais ofereçam, durante três anos, uma porcentagem de suas vagas atuais e de expansão do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Já as Instituições Federais de Ensino Tecnológico (Ifets) deverão destinar até 50% das vagas para professores. “Trata-se de um momento histórico, onde os governos federais, estaduais e municipais, colocam total, completa e integralmente força para a formação inicial e continuada de professores e essa força se dá pela união das IES, estaduais e federais e dos Cefet’s”, destacou Carlos Eduardo Biechovisky.
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