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Maioria dos negros estão nas mesmas capitais onde entraram no Brasil, diz IBGE

Apesar de já estarmos no século 21, os negros permanecem em sua maioria nas mesmas capitais em que eles entraram no Brasil, há aproximadamente cinco séculos. A avaliação é do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes.

“Se nós olharmos a história do Brasil desde o período colonial, nós vamos ver que estas são as portas de entrada dos primeiros negros escravos no nosso país. Foi por São Luiz do Maranhão, Recife, Salvador, pelos portos do Rio de Janeiro e de Santos (SP) que eles entraram”, analisou Nunes.

Um mapa da distribuição espacial dos negros no Brasil foi apresentado pelo IBGE e a Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial, durante as comemorações dos 120 anos da abolição da escravatura, o IBGE e a Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial (Seppir).

Durante o evento, o ministro da Seppir, Edson Santos, disse que a abolição foi uma conquista de abolicionistas e negros:

“Não foi uma concessão, como fazem parecer. Foi o resultado de uma longa luta do povo negro, de personagens como Zumbi dos Palmares e o poeta Castro Alves”, lembrou o ministro.

Ele também não se conforma que,após a abolição, os negros não tenham recebido do Estado brasileiro terras e condições de desenvolvimento, como os imigrantes japoneses e europeus.

Segundo a representante do Movimento Negro Unificado em Goiás, Ivana Leal, os descendentes de quilombos representam a resistência do povo negro e que “é triste ver que esse povo não tem direito à terra, além de continuarem sem acesso à saúde e educação”.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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