Quando leio notícias deste tipo, fico revoltado e acredito que acontece o mesmo com milhões de pessoas por este mundo afora. Vejam só que notícia terrível e ao mesmo tempo um atestado da incompetência das autoridades humanas em governar este planeta.
Segundo a “lista vermelha” publicada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), pelo menos 1.141 das 5.487 espécies de mamíferos terrestres estão ameaçadas de extinção. Estes dados representam cerca de 20% dos mamíferos do planeta, os quais estão correndo sério risco de desaparecimento.
Do ano de 1500 para cá, pelo menos 76 espécies desapareceram, segundo estudo apresentado no Congresso Mundial da Natureza, que vai até o dia 14 de outubro, em Barcelona, na Espanha.
A causa do desaparecimento é a destruição de 40% dos habitats, ou seja, do lugar onde as espécies vivem. Isso acontece especialmente na América Central e do Sul, na África ocidental, oriental e central, em Madagascar e no sul e sudeste da Ásia.
Em 2007, divulgaram outros dados mostrando que os orangotangos e os corais são as espécies que estão mais perto da extinção.
Segundo o site da BBC a última edição da lista vermelha da UICN inclui 44.838 espécies, das quais 16.928 – quase 38% do total – correm perigo. Mais de 3,2 mil estão na categoria de ameaça máxima, disse a UICN.
Os anfíbios também enfrentam o que a entidade qualifica como “crise”, com 366 espécies adicionadas à lista este ano.
Atualmente, 1.983 espécies (ou 32,4% do total) estão ameaçadas ou extintas, disse a entidade. Na Costa Rica, por exemplo, um sapo da espécie Incilius holdridgei não é observado desde 1986.
A UICN anunciou em Barcelona o lançamento do que chamou “o índice Dow Jones da biodiversidade” – um indicador para monitorar a ameaça às espécies.
Calculado em cooperação com a Sociedade Zoológica de Londres, o índice acompanha um conjunto de 1,5 mil espécies representativas da biodiversidade do planeta, para acompanhar as tendências gerais em relação a seu status.
Cientistas já realizaram avaliações de todas as aves, mamíferos e anfíbios conhecidos, mas a amostragem geral só abarcava 4% da biodiversidade terrestre.
“Estamos emergindo das trevas no que diz respeito aos conhecimentos de conservação. Até agora nos baseávamos em um subconjunto muito limitado de espécies”, disse em um comunicado o diretor dos programas de conservação da Sociedade Zoológica londrina, Jonathan Baillie.