Na lida esdrúxula do homem hodierno,
Que passa a vida a cultivar a terra,
Plantando os grãos que vão nutrir um povo,
É ingente a luta que o trabalho encerra,
Na busca insana de um destino novo.
Frustrado então pelo infrutífero esforço
E na esperança de vencer um dia,
O lavrador que tanto o chão feriu,
Saindo agora de um calabouço,
A verdadeira liberdade hauriu.
As mãos que outrora afiaram a lamina,
Do instrumento agrícola a cavoucar o chão,
Lutando assim com decisões airosas,
São mãos calosas que mendigam o pão.
E o pequerrucho vendo ao longe o lampo,
No berço humilde quase a perecer,
Tal qual o lírio que embeleza o campo,
Morrendo mesmo sem sequer nascer.
E o pai solícito vendo o filho assim,
Morrendo à fome em ânsia pavorosa,
Apavorado pede auxílio a Eloim
E Poe sobre o filho as pobres mãos calosas.
Vem filho, deixemos pois esse viver tirano!!!
Segamos juntos rumo ao tombadilho,
Eis que teu pai é como um pelicano
Que dá sangue para nutrir seu filho!!!
Klayton Matos
Caro Jackson Rubem,
Parabéns pela publicação do poema do meu amigo Klayton. Lembra-se de mim?, estou em Sergipe, morava em Irecê.
Um abraço grande à família,
Prof. Wilson Albino de Sá