Parece piada, mas é verdade. A britânica Leanne Deacon, de 19 anos, e sua mãe, June Deacon resolveu culpar o Walt Disney World de Orlando, na Flórida, por um enfarte que teria sofrido em um dos brinquedos do parque.
Claro que a culpa tem um preço. Ela entrou com um processo, em uma corte estadual em Orlando, na quarta-feira e está pedindo uma idenização de US$ 15 mil (cerca de R$ 34 mil), segundo o jornal Orlando Sentinel.
O derrame aconteceu no ano de 2005, mas somente agora Leane, que na época tinha 16 anos, decidiu pedir justiça.
A BBC publicou:
A jovem desmaiou enquanto estava no brinquedo “The Twilight Zone Tower of Terror”, ambientado em um velho hotel onde as pessoas entram em um elevador que despenca repentinamente, segundo o site do parque temático.
De acordo com a edição online do jornal britânico Daily Telegraph, a estudante disse à família que estava se sentindo trêmula e tonta quando saiu do brinquedo.
Uma equipe de primeiros-socorros foi chamada quando o estado da adolescente se agravou. A estudante sofreu duas paradas cardíacas quando era levada para o hospital. Os médicos conseguiram retomar os batimentos de Leanne, que ficou em coma.
A jovem passou por uma cirurgia, mas sofreu danos cerebrais e, desde então, não consegue falar ou se mover e precisa de cuidados 24 horas.
“Negligência”
A família Deacon acusa o Walt Disney World de negligência no projeto e operação do brinquedo e de falta de alertas adequados sobre os riscos.
Os Deacon também alegam que a Disney operava o brinquedo como um “transporte público”, o que invoca uma doutrina legal que iria impor padrões mais severos de responsabilidade na Justiça do que o geralmente requisitado em parques temáticos da Flórida em termos de segurança de brinquedos e montanhas-russas.
“O acusado, agindo como um transporte público, deveria usar de habilidade razoável para fornecer o que fosse necessário para o transporte seguro”, afirma o processo.
A porta-voz da Disney, Kim Prunty, afirmou que a companhia não vai responder a questões específicas, pois ainda não viu o processo. Prunty afirmou que o brinquedo estava funcionando adequadamente na ocasião do incidente com Leanne Deacon.
Depois do incidente de 2005, o brinquedo foi fechado e a Disney World fez uma inspeção detalhada, mas determinou que tudo funcionava bem e reabriu a atração.