Quando se trata de dengue, o que mais temos lido ou visto são estatísticas aterradoras de mortos ou de pessoas contaminadas, bem como hospitais com centenas de pessoas abarrotando os corredores dos centros de saúde. Basta lembrar-mos que dois de cada três casos de dengue na América, acontecem no Brasil.
Mas surgiu uma boa notícia para todos nós, moradores deste imenso Brasil. Trata-se da criação de um inseticida biológico que pode matar as larvas do mosquito da dengue, em no máximo 24 horas.
Os descobridores são brasileiros. A Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) passou três anos de estudos, sob a coordenação da pesquisadora Elizabeth Sanches, para então transmitir a boa notícia.
A pesquisadora Elizabeth Sanches informou que o comprimido é inofensivo ao meio ambiente e à saúde humana e pode ser dissolvido em até 50 litros de água.
“A pastilha é colocada dentro da caixa d’água. Duas horas depois de ingerir o inseticida, a larva fica paralisada e impossibilitada de alimentar-se e morre depois de 24 horas. Além disso o efeito do inseticida dura até 21 dias”.
Na realidade, foram dois bioinseticidas desenvolvidos pela equipe brasileira: um contra o mosquito que transmite a malária e outro contra o transmissor da elefantíase. “Já estamos com o edital pronto para buscar parcerias empresariais para a produção dessas formulações,” adiantou a pesquisadora.
Até hoje, o Brasil continua na dependência de bioinseticidas comprados de outros países, apesar de a Fiocruz já ter seis produtos totalmente nacionais, prontos para a fabricação em larga escala.
A Farmanguinhos, que detém a patente desses produtos receberá os royalties pela comercialização e irá fiscalizar o processo de produção dos inseticidas nas empresas parceiras.
Tomara que a maldita burocracia não venha retardar a fabricação por dezenas de meses ou anos.