O Prêmio Viva Leitura inscreve escolas, bibliotecas e outras instituições que desenvolvam trabalhos na área de leitura até 8 de julho. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas por meio da página www.vivaleitura.org.br ou carta registrada.
O prêmio foi criado como parte do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), que em 2006 se tornou política de Estado para assegurar o acesso ao livro e à leitura a todos os brasileiros e a formar uma sociedade de leitores.
Os interessados podem concorrer em uma das três categorias: bibliotecas públicas, privadas e comunitárias, escolas públicas e privadas e sociedade, que compreende organizações não-governamentais (ONGs), pessoas físicas, universidades e instituições sociais. Serão três selecionados e cada um dos vencedores receberá R$ 30 mil.
A ação é promovida pelos ministérios da Educação e da Cultura e Organização dos Estados Ibero-americanos para Educação, Ciência e Cultura (OEI), com o patrocínio da Fundação Santillana, da Espanha. Apóiam a iniciativa o Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Iniciativas na Bahia
O Colégio-modelo Luís Eduardo Magalhães da Avenida San Martin iniciou este ano o Projeto Oficina de Leitura e Produção Textual, que pretende como atividade extracurricular proporcionar ao aluno do ensino médio condições para ampliar a comunicação e a interação da linguagem com outras áreas do conhecimento.
As aulas acontecem em turno oposto, com turma de, no máximo, 10 alunos e são trabalhados temas da realidade dos alunos e da comunidade. Na primeira aula de Redação, foi sugerido o tema e, após a correção dos textos, foram avaliadas e observadas as deficiências e, a partir daí, pôde-se trabalhar a dificuldade de cada um.
A professora de Português e uma das idealizadoras do projeto, Zilene Santana, ressaltou que a escolha de ter poucos alunos é de poder dar atenção e maior retorno individual. “Eles vêm com vontade de ler e aprender. Pudemos ver a evolução na participação do concurso de redação com o tema Independência da Bahia, que aconteceu no início deste mês. Eles estão avançando”, disse.
Decisões democráticas
A proposta do projeto surgiu devido à demanda de alunos do ensino médio com dificuldade de leitura oral e interpretação, organização de idéias e ortografia. A elaboração do projeto contou com a participação da comunidade escolar. O objetivo inicial era só para alunos do 1º ano, mas o grêmio sugeriu a ampliação para todos os estudantes do ensino médio.
A coordenadora do grêmio, Neila Soledade, afirmou que o colégio toma sempre decisões democráticas, consultando os representantes dos alunos. “Este projeto é muito importante para nossa formação, porque, além de nos atualizar, facilita o acesso à leitura”, explicou.
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