Por incrível que pareça, um exemplar especial da árvore Liquidambar styraciflua, plantada no bosque da sede do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), nasceu de uma semente que esteve na Lua, durante a missão espacial norte-americana Apollo 14, em 1971.
A famosa árvore, mais conhecida como sweet gum, liquidâmbar ou árvore do âmbar, se tornou centro das atenções do Ibama, que promete reforçar sua proteção neste dia (21), durante as comemorações do Dia da Árvore.
O exemplar do Ibama foi plantado em 1980 e é uma das centenas de árvores da Lua espalhadas pela Terra, a maioria nos Estados Unidos, inclusive uma plantada na Casa Branca. As sementes – mais de 400 – foram levadas ao espaço pelo astronauta Stuart Roosa para avaliar o efeito da gravidade zero e da alta radiação sobre as árvores que cresceriam a partir delas, segundo a Agência Brasil/ Luana Lourenço.
Na volta da missão, as sementes foram germinadas pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos e distribuídas por cidades americanas e alguns países, entre eles o Brasil, a Suíça e o Japão. Além da liquidâmbar do Ibama em Brasília, há outra árvore da lua em solo brasileiro: um pau-brasil plantado no município de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul.
A árvore da Lua do Ibama será declarada imune ao corte, conforme prevê o Artigo 7° do Código Florestal Brasileiro, que garante a proteção incondicional a uma arvore reconhecida por ato do Poder Público, “por motivo de sua localização, raridade, beleza ou condição de porta-sementes”.