O município de Santa Isabel do Rio Negro que fica a 630 quilômetros de Manaus está sob supervisão de uma equipe médica encaminhada pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) do Amazonas. Eles vão verificar de perto os casos suspeitos de influenza A (H1N1) – gripe suína, a começar de hoje (8) , na área rural e indígena do município.
Segundo o diretor da fundação, Bernardino Albuquerque, a equipe também irá coletar amostras de secreções de pacientes com gripe a fim de diagnosticar se os casos são de influenza A (H1N1) – gripe suína. O grupo conta com apoio de outros profissionais da Secretaria de Saúde Municipal, conforme noticiado na Agência Brasil/Amanda Mota:
A decisão de realizar essa ação específica em Santa Isabel surgiu depois que um indígena de 10 anos, da etnia Yanomami, precisou ser internado com fortes sintomas da gripe suína. De acordo com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), existem outros dois registros da doença na localidade – ambos confirmados laboratorialmente. Tratam-se de dois adultos do sexo masculino. A criança e os dois homens pertencem a uma mesma aldeia localizada próxima a Santa Isabel.
O coordenador técnico do Distrito de Saúde Indígena do Alto Rio Negro, Sizinando Pontes, disse que a população local está preocupada com a possibilidade de um surto da doença na região, mas que espera o fim dos trabalhos da vigilância para conhecer o verdadeiro quadro da situação. A influenza A (H1N1) – gripe suína pode ter chegado ao município por meio de agentes de saúde que trabalham não só nessa área, mas também entre os Yanomami que vivem na região de fronteira entre Roraima e Venezuela.
“Entre outubro e novembro do ano passado, houve um surto de gripe A na fronteira de Roraima com a Venezuela. Os profissionais de saúde que atuaram lá na época são os mesmos que também trabalham aqui [Santa Isabel]. Isso aumentou as possibilidades de contágio”, avaliou Pontes.
Ainda de acordo com a Funasa, até dezembro de 2009, foram registrados 338 casos de influenza A (H1N1) – gripe suína entre indígenas, confirmados por exames laboratoriais ou por vínculo epidemiológico. Desde o início do monitoramento, no segundo semestre do ano passado, foram registrados 14 mil casos de síndrome gripal também entre indígenas.