No segundo dia consecutivo os ativistas Greenpeace estiveram nas ruas para promover o debate sobre os hábitos alimentares e o meio ambiente, procurando chamar a atenção das pessoas, principalmente das crianças, com o jogo O que você come pode salvar o planeta.
As atividades estão sendo realizadas desde ontem e vão até amanhã em Belo Horizonte, Manaus, Porto Alegre, Recife, no Rio de Janeiro, em Salvador, São Paulo e Brasília.
O objetivo do jogo é mostrar os benefícios que a pesca artesanal e a agropecuária familiar trazem ao clima, diminuindo o desmatamento e acabando com a pesca ilegal em grande escala.
A Agência Brasil/ Kelly Oliveira acrescenta outras informações:
Na primeira etapa, a criança joga um dado grande onde há a opção por carne, grãos ou pescado. Depois, escolhe um planeta verde e saudável ou um planeta preto derretendo. Em seguida, os voluntários mostram imagens de práticas que resultam em alimentação sustentável e atividades agropecuárias industriais.
“É um trabalho de formiguinha. De pouquinho em pouquinho, a gente consegue conscientizar algum grupo e esse grupo vai passando a mensagem para frente. A gente tem conseguido levantar o assunto, fazer com que as pessoas discutam, exijam do governo medidas que visem a proteger o meio ambiente”, diz o voluntário do Greenpeace Jackson Pereira.
Em Brasília, as atividades de hoje (17) são na Torre de TV, onde há uma feira artesanal. Amanhã, será a vez de chamar a atenção dos frequentadores do Parque da Cidade Sarah Kubitschek.
Os voluntários do Greepeace também estão colhendo assinaturas para petição que será dirigida ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles querem que o presidente assuma metas contra o aquecimento global e vá para Copenhague, na Dinamarca, em dezembro, quando ocorrerá a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-15), organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Uma das metas defendidas pelo Greepeace é zerar o desmatamento da Amazônia até 2015. A organização também defende que, até 2020, pelo menos 25% da eletricidade do país seja gerada por meio de fontes renováveis de energia, como vento, sol, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. O Greenpeace propõe ainda que o governo brasileiro transforme pelo menos 30% do território costeiro-marinho do Brasil em áreas protegidas até 2020.
Em todo o país, segundo os organizadores, já foram colhidas cerca de 100 mil assinaturas. No evento de ontem, em Brasília, cerca de 280 pessoas assinaram o documento.