Os gabaritos das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) serão divulgados hoje (6) depois das 20h (horário de Brasília) pelo Ministério da Educação (MEC). Os candidatos participaram neste domingo do segundo dia do exame, com provas de português, matemática e redação.
De acordo com o MEC, o Enem deste ano exigiu mais interpretação e raciocínio.
Estudantes ouvidos pela Agência Brasil em Brasília confirmam que a prova ficou mais interpretativa. A estudante Alice Araújo, de 17 anos, aluna da rede pública do Distrito Federal (DF) chamou a atenção para o “cuidado” com a leitura e com a interpretação nas provas. Arielly Rodrigues, de 21 anos, acrescenta que as provas de sábado (5) tinham “maior número de questões que exigiam raciocínio”.
O estudante Marlan Ramos, de 18 anos, gostou do exame e disse que aprendeu “fazendo as provas”. O mesmo disse Eduardo Barros, de 19 anos, que quer fazer geologia na Universidade de Brasília e não achou as provas de ontem difíceis, mas teme hoje a prova de português.
Milca Biancardini, de 18 anos, aluna da rede particular, avalia que as escolas deveriam preparar melhor os alunos “exigindo mais leitura” durante o ano. “Preparado mesmo a gente não tá”, lamentou Felipe Diniz, de 19 anos, estudante de uma escola pública em Valparaíso de Goiás, no entorno do DF.
Para Bárbara Souza, de 19 anos, houve “pouco tempo para responder 90 questões” no primeiro dia de provas, com questões de química, física, biologia, história e geografia. Segundo ela, as provas eram “cansativas”. A mesma palavra usa Milca Biancardini, para quem “as provas de ontem tinham textos grandes”. Diego Sócrates, de 23 anos, que faz cursinho pré-vestibular, disse que na prova de sábado “não dava para conciliar o tempo”.
Os participantes mais velhos também reclamaram. “Estava muito cabeluda”, disse Cecília Maria dos Santos, de 37 anos. A candidata já fez três vezes o Enem e achou essa vez a “mais difícil”.
“A prova de ontem estava boa, mas tinha textos enormes. É muita coisa para ler em pouco tempo”, explicou Márcia Brito, de 30 anos, que participa do Enem para tentar uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) e fazer pedagogia. (Gilberto Costa /Agência Brasil)