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FNE quer jovens na engenharia por causa da copa e olimpíadas

O estudante do quinto período de engenharia mecânica da Universidade de Brasília, Rafael Hackne, se diz animado com as perspectivas do mercado de trabalho (Foto:Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

O Brasil vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 e necessitará construir muitas obras para sua infraestrutura,  exploração da camada pré-sal,  entre outras,  no entanto, faltam engenheiros no país.

Há muito tempo se sabe disso, mas com a aproximação dos grandes eventos que vão atrair milhões de turistas e a mídia mundial  para o Brasil, as autoridades nacionais começam a ficar preocupadas.

Diante desse cenário, a Federação Nacional de Engenheiros (FNE) vai promover uma campanha durante o ano letivo de 2010 para despertar o interesse de estudantes do ensino médio pela carreira, conforme notíciado na Agência Brasil/Amanda Cieglinski:

A entidade produziu um vídeo que explica quais são as áreas de atuação da profissão e as oportunidades no mercado de trabalho. “Também faremos palestras para conversar com o estudantes”, explica o presidente da FNE, Murilo Pinheiro.

De acordo com Pinheiro, além de incentivar que novos talentos ingressem nos cursos de engenharia, é preciso aumentar o índices de conclusão, já que quase 30% dos alunos que entram não conseguem se formar.

“Alguns fatores explicam esse índice, um deles é que o curso é muito puxado. Depois o aluno precisa ter perspectiva de boas oportunidades no campo de trabalho e hoje esse cenário é muito bom”, defende. Segundo Pinheiro, o piso nacional dos engenheiros é de nove salários mínimo (R$ 4.590), mas ainda não é seguido em todo o país.

O estudante do quinto semestre de engenharia mecânica da Universidade de Brasília (UnB), Rafael Hackne, está animado com as perspectivas de trabalho após a formatura. “Eu vejo pelos meus próprios veteranos, 80% deles se formaram e estão empregados. Quem não está no mercado está investindo em uma pós-graduação”, conta.

Na opinião dele, muita gente entra no curso sem saber sobre a área e por isso acaba desistindo. “O país ainda está em desenvolvimento e há uma necessidade muito grande de formar novos engenheiros. Mas os currículos das universidades também precisam se renovar para atender a essas demandas”, acredita.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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