“Precisamos de uma mudança revolucionária no nosso sistema energético, se não quisermos ver a temperatura global aumentar seis graus centígrados nos próximos anos. Os efeitos do aumento do nível do mar, das inundações e das secas seriam algo parecido com o fim do mundo”.
Estas declarações que se encaixam perfeitamente com um discurso ambientalista do Greenpeace são partes da apresentação do relatório “World Energy Outlook 2009: Análise das Alterações Climáticas” pelo diretor financeiro da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, terça-feira, em Madrid e divulgadas pelo jornal El Mundo.
“Temos de mudar dramaticamente o modo de produzir de energia. Precisamos investir mais nas energias renováveis, entre as quais a nuclear”, disse Birol.
O relatório também contém recomendações para o sector do transporte privado. Consta que se a humanidade quiser impedir o cenário catastrófico, as vendas de carros elétricos e híbridos têm de alcançar, em 2030, a 60% do total, embora hoje represente apenas 2%.