No entanto, surge a comprovação científica da utilidade do alho na redução do colesterol e na prevenção de ataques cardíacos. A constatação é resultado de uma pesquisa feita pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Os estudos, realizados em conjunto pela Embrapa e pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), comprovaram que um composto ativo do alho nas espécies brasileiras, chamado alicina, pode reduzir o colesterol e diminuir os riscos de infarto agudo no miocárdio.
O estudo foi realizado com duas espécies brasileiras e uma chinesa de alho. Substâncias químicas e físicas da hortaliça foram aplicadas em cobaias. Os resultados da pesquisa revelaram que a alicina do alho brasileiro teve efeitos benéficos em ratos que possuíam altas taxas de colesterol. Os efeitos do alho para os seres humanos ainda precisam ser aprofundados.
Segundo o pesquisador Celso Moretti, a dosagem para pessoas ainda não foi definida porque a pesquisa em humanos é mais complexa. Para ele, o importante é o uso do alho brasileiro no trabalho. “Já há estudos com pasta de alho que comprovaram efeitos similares, mas essa é a primeira vez que se trabalha com alho nacional. A gente quer mostrar que o alho nacional pode ser tão bom quanto ou melhor que o alho chinês.”