Não me olhe de lado
Que eu não sou melado.
Não me olhe de banda
Que eu não sou quitanda.
Não me olhe de frente
Que eu não sou parente
Não me olhe de trás
Que eu não sou satanás.
Não me olhe no meio
Que eu não sou recheio.
Não me olhe na janela
Que eu não sou panela.
Não me olhe da porta
Que eu não sou torta.
Não me olhe do portão
Que eu não sou leitão.
Não me olhe no olho
Que eu não sou caolho.
Não me olhe na mão
Que eu não sou mamão.
Não me olhe no joelho
Que eu não sou espelho.
Não me olhe no pé
Que eu não sou chulé.
Não me olhe de baixo
Que eu não sou riacho.
Não me olhe de cima
Que acabou a rima.
Elias José, Namorinho no portão. São Paulo, Moderna, 1986) Colaboração enviada por Mariana P. Busanello
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