A educação infantil ainda é um sonho distante para milhares de trabalhadores infantis, muitos dos quais gostariam de estar em uma sala de aula, estudando como as crianças das cidades, mas não podem. Resta-lhe uma única alternativa: trabalhar com os pais na roça.
Infelizmente o Brasil é um país injusto, onde os políticos desacreditados por força de escândalos sucessivos e pouco fazem, além dos discursos, em favor das crianças e jovens. Apesar dos bilhões e bilhões de reais que saem do bolso dos cidadãos para os cofres da nação, as estatísticas normalmente são desagradáveis. Uma delas, aponta que 65,8% de tabalhadores infantis com 5 a 9 anos de idade está no campo e para tais o sonho da educação infantil parece inatingível.
O diagnóstico é do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil. “Mais grave é a situação no campo, onde não há escolas e nem pensar creches, que são um direito dessas crianças, o de estarem protegidas enquanto os pais estão trabalhando”, afirma a secretária executiva do fórum, Isa Oliveira.
“Tem que se levar essa sensibilização de uma forma mais extensiva, inclusive ouvindo as famílias que trabalham no campo e dando a elas a oportunidade de que suas escolas tenham acesso a essa proteção que é devida. Se há carência de escolas na área urbana, isso se torna muito mais grave na área rural”, disse a secretária.
Para ela, uma das principais estratégias para reduzir o trabalho infantil no país é investir na educação. “Promover o acesso à escola, mas também a permanência das crianças na escola para que não engrossem os indicadores de evasão escolar. São formas de prevenir e realmente combater o trabalho infantil: manter a criança na escola de qualidade, aprendendo.”
Tomara que aja menos roubo em Brasília, mais recuperação de dinheiro público roubado e mais investimento em educação.