Estatísticas mostram deformidade craniana em 1 de cada 30 recém-nascidos, provocadas pelo dormir com a boca para cima, segundo o médico José Maria Clara Costa, chefe de neurocirurgia no Hospital Sant Joan de Deu, em Barcelona.
Um de cada 30 recém-nascidos desenvolve alguma deformação craniana, como conseqüência de dormir com a boca para cima. Esta estatística se tem multiplicado por 10, nos últimos 20 anos, desde que a Academia Americana de Pediatria recomendou essa posição para impedir a morte súbita de bebês.
A informação foi passada a Europa Press pelo médico José María Clara Costa, chefe de neurocirurgia no Hospital Sant Joan de Deú, em Barcelona.
As deformidades posturais, causadas por má postura durante o sono, surgem com uma gravidade ligeira ou moderada, mas podem ser corrigidas, segundo o médico. Basta uma reposição durante o dia, de modo a evitar que “esta deformidade leve não se converta em um problema tão importante que venha a necessitar de uma cirurgia”.
Por este motivo, disse que a correção envolve “mais ênfase em uma série de mudanças posturais que os pediatras devem aconselhar aos pais”. Além disso, é preciso um diagnóstico precoce, a fim de não confundir as deformidades de nascimento com as provocadas por dormir com a boca para cima.
O conselho é que o bebê durma a noite com a boca para cima e durante o dia com a boca para baixo. Com isso, diz o médico, se consegue que não haja pressão durante todo o tempo sobre a parte posterior do crânio que e a que deforma. Alem disso, se acontecer a deformidade leve, consegue-se que seja corrigida ao longo do tempo, desde que os pediatras consigam orientar bem aos pais, quanto ao procedimento.