De acordo com a Agência Brasil, jovens entre 25 e 30 anos de idade são os que mais buscam financiamento para compra da casa própria na Caixa Econômica Federal. O público dessa faixa etária é formado, em geral, por casais, em início de atividade profissional, mas com salários que permitem assumir compromissos duradouros.
A informação é do consultor para Assuntos de Habitação da Caixa, Teotônio da Costa Rezende. Segundo ele, a procura por imóveis residenciais também é expressiva na faixa de até 40 anos de idade e o interesse cai, gradativamente, à medida que a idade avança.
Na análise do consultor, isso ocorre porque a Superintendência de Seguros Privados (Susep) define que a idade do cliente, somada ao prazo de financiamento, não pode ultrapassar 80 anos e seis meses. “Portanto, a idade começa a dificultar o acesso à moradia à medida que se aproxima dos 70 anos”, explicou.
“Com isso, quanto maior a idade mais encurta o prazo em que a pessoa pode contratar financiamento, e a prestação fica maior, o que dificulta o acesso a financiamentos para esse público”, acrescentou Rezende.
Ele destacou que ficam de fora da limitação imposta pela Susep as operações sociais que, por força do Estatuto do Idoso, têm que compor 3% da carteira de cada produto ou modalidade. Um dos exemplos citados pelo consultor é o Programa de Arrendamento Residencial (PAR), do Ministério das Cidades, destinado a famílias de baixa renda, que beneficia pessoas de qualquer idade e sem nenhuma majoração de preço.
Rezende disse que, independentemente da idade, o maior número de operações é na faixa de 180 meses (15 anos), com poucos financiamentos de mais de 20 anos, embora haja possibilidade de amortizações até 360 meses (30 anos), com juros que variam de acordo com a origem dos recursos, valor do financiamento e prazo de amortização.
Se o contrato usar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o cliente com renda familiar até R$ 1.875,00 pode financiar imóveis novos ou usados até R$ 80 mil, com juros de 6% ao ano, mais Taxa Referencial (TR), para pagamento em até 300 meses (25 anos). Para quem tem renda de até R$ 3.900, a taxa de juros sobe para 8,16% mais TR, com possibilidade de amortização em até 360 meses (30 anos).
O limite de renda é ampliado para R$ 4,9 mil (mantida a taxa de 8,16% ao ano mais TR), nos municípios com população acima de 500 mil habitantes, capitais estaduais e municípios limítrofes (regiões metropolitanas).
É o caso em que o limite de financiamento pode ser de R$ 100 mil, subindo para R$ 130 mil, como ocorre nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. A taxa é reduzida em 0,5% para quem tem conta vinculada ao FGTS, em pelo menos três anos.
Se o financiamento for com recursos da caderneta de poupança, vinculada ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH), a operação não exige limite de renda familiar, mas os juros são um pouco mais altos e pós-fixados.
Avaliações de imóveis entre R$ 130 mil e R$ 350 mil (com cobertura máxima de R$ 245 mil) pagam juros que variam de 8,4% a 11,5% ao ano mais TR, de acordo com o valor da operação, com prazo de amortização de até 360 meses e a forma de pagamento (pode ser feito em boleto ou débito automático).
No caso de aquisição de terreno e construção da moradia, nos mesmos limites de avaliação do imóvel entre R$ 130 mil e R$ 350 mil, a Caixa financia 70% do valor, com juros prefixados entre 12,36% e 12,8574% ao ano.
Fora do SFH, mas ainda com recursos da poupança, a avaliação do imóvel é sem limite, em qualquer modalidade. Em caso de se estabelecer taxa pós-fixada, entre 11% e 12% ao ano mais TR, a Caixa financia até 80% do valor para amortização em 240 meses, ou até 70% para pagamento em 360 meses.
Se a opção for por taxa prefixada, os juros variam de 14% a 14,5% ao ano e o financiamento será de até 70% do valor do imóvel, também em 360 meses.