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Denunciem, mesmo que o Estado não dê atenção, diz relator da CPI de abuso sexual

Em nosso país criminosos tem diversas formas de argumentos para se defenderem e os denunciantes muitas vezes passam por constrangimento. Denunciar abuso sexual no Brasil exige muita coragem. Talvez seja esta a causa principal de quatro em cada cinco casos de abuso sexual ter como autor o pai, o padrasto, o avó ou outro parente.

O deputado estadual Arnaldo Jordy (PPS-PA), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou a violência e o abuso sexual contra crianças e adolescentes no Pará, considera que a forma mais eficaz de prevenir o abuso sexual de crianças e adolescentes é por meio de diálogo e informação. “Tenhamos consciência de que nossas crianças não estão protegidas. É preciso conversar com elas e dizer que não podem ser tocadas de determinadas formas”.

Além disso, é necessário que as crianças sejam conscientizadas para avisar quando forem abordadas ou quando ouvirem alguma pergunta que considerarem estranha. Em sua opinião, este tipo de crime está se banalizando. Muitos agressores até dizem que são pedófilos, portadores da doença que causa o desejo sexual por crianças e adolescentes.

Apesar de acontecer muitas vezes quem denuncia não receber a devida proteção do Estado, é preciso que as pessoas criem coragem e denunciem:

“As pessoas que denunciam, especialmente as mulheres, superam a barreira de acusar seu companheiro, por muitas vezes rompem o círculo social imediato, mas o Estado se vira de costas. Não presta assistência, não oferece abrigo e nem fornece cesta básica”, reclama.

Jackson Rubem:
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