A imprensa brasileira e internacional já noticiou em diferentes ocasiões que os corantes e adititivos artificiais, usados em produtos alimentícios infantis, podem aumentar a hiperatividade, doença associada à falta de concentração e de atenção e a dificuldades de aprendizagem, nomeadamente na leitura.
O Diário Ditigal/Lusa publicaram uma matéria falando que a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) anunciou que vai esperar por orientações da Comissão Européia para alterar o uso de corantes e conservantes nos alimentos, aditivos suspeitos de levar à hiperatividade das crianças.
A alimentação realmente exerce influência na hiperatividade, conforme estudo mais recente da Universidade de Southampton (Reino Unido), feito para a agência para a segurança alimentar britânica, a Food Standard Agency. O estudo confirmou os resultados de trabalhos precedentes efetuados sobre crianças que sofrem de perturbações da hiperatividade.
Os investigadores da Universidade de Southampton testaram o comportamento de crianças submetidas a um ensaio em que algumas recebiam um coquetel com aditivos alimentares geralmente presentes na alimentação e outros apenas um simples sumo de fruta.
«Demonstramos um efeito desfavorável dos aditivos alimentares sobre o comportamento hiperaativo das crianças de três anos e de 8-9 anos», afirmam Jim Stevenson e os seus colegas, no estudo hoje divulgado pela revista Lancet.