Especialistas defendem a necessidade de se começar a testar também o colesterol infantil, mas antes de falar sobre isso vale a pena lembrar que colesterol não é doença. É, na verdade, uma substância importante para o organismo, porque fazem parte da formação da membrana das células do corpo e de alguns hormônios. Ruim mesmo é o colesterol que é ingerido por meio de alimentos gordurosos. O tema merece tanto nossa atenção que existe até um dia internacional dedicado ao controle do colesterol: 8 de agosto.
Em uma matéria publicada na BBC pesquisadores da Barts and The London Queen Mary’s School of Medicine, de Londres, recomendaram em um artigo na revista da área médica British Medical Journal que crianças façam exame de colesterol aos 15 meses de idade, junto com a vacinação de rotina.
O exame identificaria as crianças com hipercolesterolemia familiar, uma doença genética que aumenta os riscos de doenças cardíacas.
O mal afeta aproximadamente uma a cada 500 pessoas e faz com que o corpo não elimine de maneira normal o colesterol, que acaba se acumulando.
Segundo o cardiologista David Wald, autor do artigo e líder da pesquisa, os pais das crianças identificadas com a doença nos exames também deveriam ser examinados e tratados.
Estatinas
No Brasil, as doenças cardíacas são a principal causa de morte, segundo o Ministério da Saúde.
Adultos entre 20 e 39 anos com hipercolesterolemia familiar têm um risco cem vezes maior de morrer de males do coração, mas o tratamento com estatinas para baixar o colesterol reduz este risco substancialmente.
Um programa-piloto de checagem nacional está sendo testado em parentes de adultos diagnosticados com a condição, mas ele só identifica cerca de 20% dos pacientes.
A análise de 13 estudos pelos pesquisadores sugere que o exame nas crianças identificaria a maior parte dos casos.
Os exames de colesterol em crianças com idade entre um e nove anos são mais precisos porque o colesterol aumenta, normalmente, a medida que as pessoas envelhecem, por outras razões, como uma dieta pouco saudável.
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