Achei estranha esta afirmação científica, dizendo que o terremoto é uma das consequências do aquecimento global. Talvez apenas eu, porque muitas pessoas já foram ridicularizadas, ao afirmar, antes dos cientistas, que mudanças climáticas provocam terremotos.
Recentemente, o pesquisador Giampiero Iaffaldano da Universidade Nacional da Austrália, trabalhando em conjunto com cientistas da Alemanha e da França, conseguiu fortes evidências de que as mudanças climáticas, ao longo de milhares de anos, podem girar as placas tectônicas e causar sismos.
Para fazer esta afirmação, eles colocaram no computador informações sobre como a estação de ventos fortes, marcada por chuvas, corroem as rochas do lado oriental, ao longo de milhares de anos, e são responsáveis pelo movimento anti-horário da placa.
O Dr. Lafaldano disse:
“O significado desta constatação situa-se no reconhecimento, pela primeira vez, que ao longo do tempo as mudanças climáticas têm o potencial de influenciar o movimento das placas tectônicas. E quando as placas se deslocam os terremotos acontecem”.
Segundo o cientista esta descoberta é muito importante porque ajudará a prever com mais exatidão possíveis sismos.
“A esse respeito, temos descoberto que a mudança climática poderia ser de fato um candidato possível, algo que não consideramos até agora. Este novo conhecimento deve ser usado para analisar o comportamento passado de placas tectônicas na crosta terrestre. Em última análise, buscamos compreender o que causou movimentos das placa tectônica e assim saberemos quais regiões estão mais propensos a terremotos de grande porte.”
“Para este fim, devemos também considerar a história do clima dos últimos milhões de anos.” – concluiu o cientista.
Em minha opinião, independente dos cientistas terem descoberto que o terremoto é, entre outras causas, efeito do aquecimento global, é preciso que o mundo inteiro se una no sentido de conservar a natureza e os recursos naturais ou então, como disse Mikhail Gorbachev, um dia a Natureza poderá viver sem nós.
É interessante sua observação, Gilson. Estas lacunas que ficam no subsolo, após a retirada do petróleo, não é a mesma coisa das falhas geológicas que provocam o terremoto? Só que umas são provocadas pela natureza e as outras pelo homem.
Eu acho sim que terremotos e erupções em vulcões tem muito haver com o aquecimento global,fico imaginando a terra como um ovo no microondas,se colocar e tentar abrir vai estourar,mas a terra tem seus escapes,como os vulcões!!!!!!E sobre a estração de petroleo,ninguem fala do vão que fica depois da extração,e qualquer abalo pode acarretar em um enorme terremoto!!!!
QUE NÃO SEJA POR FALTA DE ALERTA
A Comissão Mista – Deputados e Senadores – que trata do tema “Mudanças Climáticas” volta a seus trabalhos.
Um bom momento para destacar – o que possivelmente os membros da Comissão já saibam, mas nunca é demais relembrar – que não basta focar soluções para o enfrentamento da crise ambiental que vem preocupando a todos, pelo menos os de bom senso.
É importante destacar que nessa Comissão o Espírito Santo está muito bem representado na pessoa do Senador Ricardo Ferraço, que já deixou muito bem clara as suas preocupações com a temática ambiental, a quem já tive o cuidado de enviar este mesmo tipo de consideração.
Mas, efetivamente, onde reside a nossa preocupação? Ela está na base de toda a discussão, ou seja, como assegurar sucesso às ações recomendadas pela Comissão se, tudo leva a crer, a sociedade – apesar de se dizer conscientizada pela problemática das Mudanças Climáticas, ainda não mostra convicção a respeito do que deve ser feito (em conjunto ou isoladamente) de modo a contribuir para a eficácia das ações sugeridas.
Não são muitas as pesquisas nesse sentido – estamos falando de pesquisas que acoplada à avaliação do nível de envolvimento da sociedade com a temática, também pesquisa saber o que a sociedade efetivamente “percebe” de tudo que é falado a respeito – pois as que apenas evidenciam o envolvimento da sociedade não podem ser consideradas como resposta conclusiva do nível de envolvimento da sociedade com a solução desse grave problema ambiental.
Deste modo, infelizmente, as coisas – na teoria – ficam resolvidas. Há, porém, um problema a ser resolvido na área prática: a sociedade está preparada para assumir a sua responsabilidade (que não será pouca) na solução do problema?
Certamente, não estamos pensando em uma sociedade totalmente politizada no sentido de assumir a plenitude da discussão do processo das Mudanças Climáticas. Como pensar nesta utopia se até os “iniciados” nessa discussão ainda se vem diante de prós e contras. Obviamente, o que se tem como objetivo é uma sociedade minimamente informada (o necessário), em condições de entender “qual é o problema”, “as soluções pretendidas”, bem como “o ônus a ser pego pela sociedade no processo de implantação de tais soluções “. Parece um conhecimento mínimo, mas efetivamente, não é.
A nosso ver, um dos grandes focos de atenção da Comissão Mista, independentemente dos muitos outros já conhecidos, deverá ser a discussão do nível de preparo (conscientização) da sociedade brasileira frente às ações que precisam ser implantadas.
Se pretendermos contar com a sociedade para atuar “como exército”, iniciando pelos grandes centros urbanos, em relação a “Guerra das Mudanças Climáticas”, no mínimo este exército precisa conhecer bem o inimigo e estar motivado a entrar na guerra, sabendo do custo que isso trará a cada um dos envolvidos.
Porém, é bom que se diga, a mudança de paradigma não é unicamente um desafio para os políticos da Comissão Mista, mas, sem dúvida, de toda a sociedade, inclusive aquele segmento que ainda pode ter dúvidas com relação ao Aquecimento Global (causa) e as Mudanças Climáticas (efeitos); neste caso, conservadoramente, vale a adoção do Princípio da Precaução.
Faça contato com o político que você elegeu; explicite a sua preocupação com o problema; temos que fazer uma grande corrente – todos os segmentos da sociedade (quem tem o poder do voto e àqueles que têm a condição de uso desse poder) de modo a evitar surpresas previsíveis.
Roosevelt S. Fernandes
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
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