As cidades do mundo vão ser transformadas em “campo de batalha” na luta contra o aquecimento global que afetará a todos nós, muito mais do que agora, em um futuro próximo. Algo que já vem sendo mencionado por vários governos do mundo, entre os quais Evo Morales.
As cidades do mundo são responsáveis por cerca de 70% das emissões de gases de efeito estufa, embora preencham apenas 2% da área terrestre do planeta, conforme Relatório Global sobre Assentamentos Humanos 2011, Cidades e Mudança Climática: Direções Políticas.
Os autores do relatório afirmam que é preciso que haja providências urgentes, única forma de evitar que ocorra “uma colisão fatal entre mudança climática e urbanização”.
Joan Clos, diretor-executivo da ONU-Habitat (braço das Nações Unidas para habitação), afirmou que a tendência global de urbanização é preocupante, levando-se em conta a tentativa de diminuir as emissões de gases de efeito estufa.
“Estamos observando como a urbanização está crescendo, passamos o limite de 50% (da população mundial vivendo em áreas urbanas)”, disse à BBC.
“Não há sinais de que vamos diminuir este padrão de crescimento e sabemos que, com a urbanização, o consumo de energia é maior.”
Em 2030, a ONU faz uma estimativa de que 59% da população do mundo estarão morando em áreas urbanas. A cada ano 67 milhões de pessoas passa a morar em cidades.
Esta quantidade de pessoas nas áreas urbanas necessita de um consumo intenso de energia, devido ao uso de transporte, aquecimento e ar condicionado em casas e escritórios, além de atividades econômicas para geração de renda.
Estes acontecimentos afetam o mundo inteiro. Todos nós, segundo o relatório, estamos vulneráveis as consequências da mudança climática no planeta, como aumento na frequência de ondas de calor, número maior de ocorrências de chuvas fortes e de áreas afetadas pela seca, entre outros.
“Estes desafios vão afetar o fornecimento de água, a infraestrutura física, transporte, (…) fornecimento de energia e produção industrial”, segundo o relatório.
“Economias locais serão prejudicadas e as populações perderão seus bens e sustento.”
Acho que não, pois vemos a cada instante a estupidez que é cometida. Campanhas já foram efetuadas, pois poucos de nós se dá conta de que no futuro, a água que jogamos fora hoje, vai nos fazer muita falta. Talvez seja até uma questão de vida ou morte.
Se a batalha será nas “cidades” será que os “soldados” (sociedade) já está conscientizada das suas funções?
Núcleo de estudos em Percepção Ambietnal / NEPA
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