A 1ª Marcha Mundial pela Paz e a Não Violência realizada hoje (19) reuniu centenas de pessoas munidas de cartazes, bandeiras e guarda-chuvas com dizeres e símbolos da paz, percorrendo o calçadão da orla de Copacabana, zona sul da cidade.
A carioca Cleide Inácio Horta ficou sabendo do encontro pela televisão. “Perdi meu filho num acidente de trânsito em maio. E decidi que quero fazer alguma coisa para melhorar essa situação. Já está muito ruim, não pode piorar mais.”, conforme Agência Brasil/Flávia Villela:
A alemã Petra Klein participa da marcha mundial desde o primeiro evento, no dia 2 de outubro, na Nova Zelândia. O encerramento está previsto para 2 de janeiro de 2010, na Cordilheira dos Andes. “A força dessa marcha está na união de milhares de pessoas de diversos países e diferentes culturas que buscam a criação de uma cultura de não violência.”
A única integrante brasileira da equipe internacional da marcha, Jacqueline Melo, disse que a cada nova cidade que passam, o movimento ganha mais força.
“A iniciativa foi idealizada pela ONG [organização não governamental] Mundo Sem Guerras, da qual faço parte. Começou pequena, ia passar por poucos países, mas muita gente demonstrou interesse em participar, movimentos, entidades. Ganhou uma dimensão tão grande que ao final do evento vamos ter passado por mais de 90 países e 100 cidades nos cinco continentes.”
Jacqueline Melo disse que as crianças e os jovens são o público-alvo da marcha. “São as novas gerações que vão gerar essa consciência da urgência de paz e da não violência.”
Durante a noite, está prevista uma celebração à marcha no Cristo Redentor com 150 convidados, entre autoridades civis e religiosas, artistas e ativistas sociais. Durante o evento haverá também um ato interreligioso, com pedidos pela paz de representantes de vários credos. O anfitrião será o reitor do Santuário do Cristo Redentor, padre Omar.
Amanhã (20), a marcha chega ao centro da cidade de São Paulo e às 16h haverá shows com vários artistas brasileiros, no Vale do Anhangabaú.
Para a ativista Cristina Weber, que veio da cidade de Maricá, Região dos Lagos, a marcha ajuda a desenvolver várias frentes de ação em cada lugar por onde passa. “A marcha veio para a gente criar uma chispa, uma semente, e cria base de contatos, adesão, de vínculo, enfim, mobilizar ações duradouras para promover a paz. A ideia é realizar este evento todos os anos.”