Um relatório divulgado recentemente pela Comissão Europeia (CE) recomenda que as redes sociais, a exemplo do Facebook, melhorem os mecanismos de segurança para evitar assédio contra crianças.
A preocupação vem do fato da popularização das comunidades online entre crianças de nove a 12 anos. Elas se inscrevem mentindo sobre sua idade e ignorando os mecanismos de segurança existentes. Seus perfis se tornam visíveis para qualquer usuário da Internet e elas ficam vulneráveis a criminosos como pedófilos e pederastas.
O estudo denominado “As crianças da União Europeia e da Internet“, feito pela London School of Economics, Reino Unido, com base em um levantamento de informações envolvendo 25.000 crianças, sugeriu que um quinto das crianças que utilizam redes sociais na Internet tem um perfil acessível a todos os tipos de pessoas.
“Um número crescente de crianças estão em redes sociais na internet, mas muitos não tomam medidas fundamentais para se proteger online. Estas crianças estão se expondo para que lhes façam mal e são vulneráveis aos pedófilos e pederastas”, advertiu o Comissário Europeu para a Agenda Digital Neelie Kroes.
Por essa razão, o estudo recomenda que as redes sociais melhorem os mecanismos de segurança, em vez de restringirem a idade de inscrição. Pedir a idade não resolve, porque muitos meninos mentem para poderem entrar em sites que lhes são proibidos.
A pesquisa efetuada nos 25 países membros da União Europeia mostra que 57 por cento das crianças com idade entre 9 e 16 anos, usam o Facebook.