Categoria: EduTec

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  • Estudantes querem 10% do PIB aplicado na educação

    Foto estudantes exigindo 10% do PIB na educação

    Cerca de 220 estudantes de 23 estados continuam acampados na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. Eles reivindicam que o Plano Nacional de Educação (PNE) assegure investimentos de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro para o setor.

    O relator do PNE, deputado Angelo Vanhoni, definiu o percentual de 8% do PIB como meta de investimento em educação no prazo de dez anos. Para a nova presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Manuela Braga, essa meta não é suficiente para resolução dos problemas e melhoria da educação do país. “Continuamos com a nossa luta a favor de pelo menos 10% do Produto Interno Bruto (PIB), para que possamos ter uma educação digna no nosso país.”

    Durante sua posse, em uma tenda montada no gramado da Esplanada, Manuela destacou que o movimento em favor da educação já registrava conquistas. “Nosso acampamento teve início vitorioso. Logo no primeiro dia, foi aprovada, na Comissão de Educação do Senado, a destinação de 50% do Fundo Social do pré-sal para o setor. Isso foi uma grande vitória, porém ainda temos muitos desafios a vencer.”

    A comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado aprovou, na última terça-feira (6), por unanimidade, o projeto de lei que destina às áreas de educação e de ciência e tecnologia metade dos recursos do Fundo Social.

    Ontem (7), os estudantes realizaram uma blitz na Câmara e no Senado. Eles visitaram os gabinetes dos parlamentares para cobrar apoio às suas reivindicações. Além da destinação de 10% do PIB para a educação, eles querem a aprovação do Estatuto da Juventude e defendem a inclusão da meia-entrada para estudantes na Copa do Mundo de 2014.

    Os acampados também realizaram pedágios nas avenidas que cortam a Esplanada, com objetivo de arrecadar dinheiro para compra de alimentos, produtos de limpeza e materiais de confecção de cartazes, segundo Agência Brasil.

  • Escola Virtual do Mercosul será lançada hoje na Biblioteca Nacional

    A Escola Virtual do Mercosul será lançada hoje (6), às 16h, na Biblioteca Nacional, em Brasília.

    Trata-se de um ambiente virtual, com cursos de capacitação online, serviços de informação e comunidades de prática para micro, pequenos e médios empresários, instituições de ensino e pesquisa e representantes da sociedade civil dos países do bloco econômico.

    O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e o embaixador da Delegação da União Europeia no Uruguai, Geoffrey Barrett, participam da cerimônia de abertura. Eles darão entrevista depois do lançamento.

    A escola virtual é um dos principais resultados do projeto Mercosul Digital, iniciativa de cooperação internacional entre a União Europeia e o Mercosul.

    Uma boa iniciativa que trará benefícios para muitos.

  • Unicef esclarece metodologia do relatório Situação da Adolescência Brasileira 2011

    O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nota na noite de hoje (2) em relação à declaração da ministra do Desenvolvimento Social (MDS), Tereza Campello, que contestou o resultado do relatório da Unicef sobre a situação dos adolescentes no Brasil. Segundo a ministra, a população de adolescentes extremamente pobre no Brasil diminuiu, o contrário dos dados da Unicef. “Temos hoje menos jovens entre 12 anos e 17 anos pobres e extremamente pobres do que tínhamos em 2004”.

    O relatório Situação da Adolescência Brasileira 2011, divulgado na última quarta-feira (30) pelo Unicef aponta o crescimento do percentual de adolescentes brasileiros de 12 anos a 17 anos que vivem em famílias de extrema pobreza (até um quarto de salário mínimo per capita). Segundo o documento, entre 2004 e 2009, o percentual passou de 16,3% para 17,6%. No mesmo período, a situação de extrema pobreza da população em geral caiu de 12,4% para 11,9%.

    Os dados apresentados pela ministra demonstram que a população de adolescente extremamente pobre caiu de aproximadamente 11,5%, em 2004, para 7,6%, em 2009. Significa que quantidade de adolescentes nessas condições passou de 6,58 mil para 4,44 mil. “Tivemos uma melhora no perfil de renda dos jovens, das crianças muito importante.”

    Segundo Tereza Campello, houve um erro metodológico no relatório do Unicef, que usou o salário mínimo para fazer os cálculos. Para a ministra, o salário mínimo não pode ser usado como indexador para saber a variação de renda porque ele cresceu acima da inflação. “A medida que o salário mínimo cresce e você o usa como indexador, acaba errando a conta. Temos de usar o indexador de preços, como o INPC.”

    Na nota, o Unicef diz que o relatório utilizou “os dados da Pnad de 2004 a 2009, fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com a proporção de adolescentes de 12 anos a 17 anos vivendo em famílias com renda de até um quarto do salário mínimo, que era a metodologia usada no Brasil para identificar a extrema pobreza”.

    Segundo o Unicef, “em 2011, o governo brasileiro estabeleceu, como mencionado na página 30 do relatório, uma nova linha da extrema pobreza de R$ 70 de renda per capita por mês. O relatório não utilizou essa nova linha por não dispor de dados desagregados por faixa etária para o período analisado”.

    O órgão da ONU diz ainda que recebeu “com satisfação a informação de que, nessa nova metodologia, a proporção de adolescentes vivendo em extrema pobreza caiu, uma tendência já verificada pelo relatório para a população em geral” e que aguarda uma “reunião com o MDS para ter acesso a esses dados e à metodologia utilizada”.

    “Manifestamos nossa alegria com a declaração do MDS que, ao reconhecer que crianças e adolescentes são os mais afetados pela pobreza, reafirmou a prioridade absoluta dada a esses grupos nas políticas públicas do país. O Unicef reafirma sua disposição em continuar sua parceria com o governo para desenvolver estratégias de combate à extrema pobreza, prioritariamente entre crianças e adolescentes”, finaliza a nota, segundo a Agência Brasil.

  • Luz em Marte? O fogo provocado pelo Curiosity

    Imagem do fogo provocado pelo Curiosity em Marte com laser
    Fantástica luz: o ChemCham pode se distanciar 23 metros do robô Curiosity e evaporar um pedaço da montanha com seu laser poderoso

    Veja o vídeo no final do texto

    A sonda Mars irá disparar um feixe de laser com a energia de um milhão de lâmpadas na superfície do planeta vermelho para ver se pode ou não ter abrigado vida.

    (mais…)

  • Metade dos jovens de 14 anos já superou escolaridade de suas mães

    Gráfico Metade dos jovens de 14 anos já superou escolaridade de suas mães

    Mais da metade (51,45%) dos adolescentes de 14 anos do país já têm escolaridade superior à de suas mães. Entre os jovens dessa faixa etária, 71% cursam os três últimos anos do ensino fundamental e 9,5% estudam no ensino médio. Os dados indicam uma baixa escolaridade das mães de alunos dessa faixa etária que apresentam, em média, 7,32 anos.

    O levantamento foi feito pelo programa Todos pela Educação e a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam que a atual geração de crianças e jovens está superando a trajetória escolar de seus pais, mas também confirmam a baixa escolaridade de boa parte da população adulta.

    “Nós temos muitos pais e mães que são muito jovens e eles já são fruto dessa inclusão recente que o país promoveu. A melhoria ainda é lenta, mas o fato é que quanto mais avançado é o ano em que a criança nasceu, maior é a chance que ela tem de completar o ensino médio”, explica a diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz.

    O aumento dos anos de estudo gera um movimento positivo que causará impacto nas próximas gerações, diz Priscila.  Para ela, a educação é o melhor investimento porque nunca retroage. “É muito difícil você encontrar alguém que admita que o filho tenha uma escolaridade menor do que a sua. Uma mãe que concluiu o ensino médio e um filho que não completou o ensino fundamental, por exemplo. São casos raríssimos”, acrescenta.

    Os dados compilados pela entidade também apontam a diferença de escolaridade entre famílias de alunos de escolas públicas e privadas. Enquanto, aos 14 anos, 60% dos estudantes da rede pública já atingiram a escolaridade de suas mães, na rede privada o percentual cai para 10%. Isso indica que as mães dos alunos dos estabelecimentos particulares têm escolaridade mais elevada. O mesmo cenário se repete na comparação entre famílias mais pobres e mais ricas.

    A diferença entre os anos de estudo de pais e filhos também pode representar um obstáculo no desempenho do aluno. Pais menos escolarizados em geral se sentem despreparados para participar da vida escolar do filho. “Ele se sente acuado, acha que não pode ajudar e se envolver com os estudos do filho. Mas o importante é que a educação seja valorizada pela família, que ele seja um parceiro da escola para garantir que seu filho de fato aprenda”, pondera Priscila.

    Entre estudantes negros de 14 anos, o percentual daqueles que estudaram mais do que suas mães é 56,33%, enquanto entre os brancos a taxa é quase 10 pontos percentuais menor. Segundo Priscila, o dado aponta que além do fator renda, há uma diferença de escolaridade entre mães negras e brancas – o primeiro grupo frequentou menos a escola do que o segundo.

    A mesma desigualdade se verifica entre as regiões do país: enquanto no Sudeste menos da metade (47%) dos alunos de 14 anos atingiu a escolaridade de suas mães, no Nordeste esse grupo representa 58% da população nessa faixa etária.“A parte mais cruel da educação brasileira é a desigualdade. Em vez de ser um meio de superação, ela acaba reproduzindo e ampliando esse fosso”, avalia a diretora.

    Amanda Cieglinski
    Repórter da Agência Brasil