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Buraco camada de ozônio afeta clima no Hemisfério Sul,diz estudo

Os satélites da NASA gravaram um buraco 11.500.000 quilômetros quadrados na camada de ozônio sobre a Antártida em 2000 (foto reprodução)

Um novo estudo científico realizado por pesquisadores da Columbia University’s School of Engineering and Applied Science (Escola da Universidade de Columbia de Engenharia e Ciências Aplicadas) mostra que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está afetando os padrões climáticos em todo o Hemisfério Sul.

Trata-se do primeiro estudo a demonstrar como a destruição do ozônio na região polar influencia região tropical, aumentando a quantidade de chuvas nas áreas com latitudes mais baixas.

“É realmente surpreendente que o buraco de ozônio, localizada tão alto na atmosfera sobre a Antártida, pode ter um impacto por todo o caminho para os trópicos e afetar as chuvas lá – é como um efeito dominó”, disse Sarah Kang, autora do artigo, escrito em parceria com Lorenzo Polvani, um cientista de pesquisa na Terra LamontDoherty Observatory.

A estreita correlação entre o modelo climático e as mudanças observadas levou Kang e Polvani a concluir que o buraco na camada de ozônio da Antártida – descoberto pela primeira vez por cientistas em meados dos anos 1980 – é a causa das mudanças atmosféricas no Hemisfério Sul.

Localizado na estratosfera da Terra, o ozônio absorve grande parte dos raios ultravioletas. Mas o uso generalizado de compostos sintéticos contendo clorofluorocarbonetos (CFCs), durante a segunda metade do século 20, danificou a camada protetora, dizem cientistas.

Desde que o Protocolo de Montreal – um tratado internacional para proteger a camada de ozônio – entrou em vigor, em 1989, a produção de CFC global foi interrompida, resultando na suspensão da destruição do ozônio.

Jackson Rubem: Jackson Rubem, escritor e jornalista
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